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Conhecer países ajuda a conduzir times globais
Equipes virtuais e internacionais exigem capacidade de comunicação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Saber se relacionar bem
com chefes, funcionários e
clientes sempre foi um dos
principais trunfos de um
líder. Esse papel agora ganha
mais um matiz: ter flexibilidade para lidar bem com a
diversidade cultural.
Além da fragmentação de
fronteiras nos negócios entre
países e do crescimento das
economias emergentes, o novo desafio é chefiar projetos
realizados por times virtuais.
"Quem quer trabalhar com
equipes globais tem de se
importar com o outro e
aprender a se comunicar
com pessoas de culturas
muito diferentes", concorda
Adriana Fellipelli, sócia-diretora da consultoria Fellipelli.
Ouvir e entender o outro é
pré-requisito, portanto o diferencial é ser capaz de criar
respostas adequadas para os
mais variados públicos.
"Alguns entendem que a
necessidade de multiculturalismo não é só ter de lidar
com a diversidade, é entender os motivos dela", explica
o professor Joaquim Sérgio
Corrêa, do Instituto Coppead
de Administração da UFRJ
(Universidade Federal do Rio
de Janeiro).
O modo mais comum de as
empresas prepararem seus
talentos para isso é enviá-los
para projetos internacionais.
As companhias esperam
que, ao trabalhar em outro
país, o líder em potencial adquira um pouco da cultura
profissional local, ganhe maturidade e, assim, acelere seu
desenvolvimento.
"O fato de estar em outra
cultura ensina a trafegar em
qualquer contexto", avalia
Carlos Morassutti, diretor de
RH da Volvo do Brasil.
MOBILIDADE
Em geral, as companhias
pedem para os funcionários
explicitarem seu interesse
por mobilidade nacional e internacional. "Quanto mais
experiências tiver, mais preparada essa pessoa estará",
afirma Sylmara Requena, diretora de desenvolvimento
de pessoas da Siemens.
Para o coordenador de
vendas Carlos Eduardo Tibúrcio, passar três anos trabalhando na matriz da Siemens, na Alemanha, trouxe
contatos importantes e mais
segurança. "Faz diferença
conhecer as equipes pessoalmente, aumenta o grau de
confiança nelas e deles na
equipe do Brasil", comenta.
Só morar fora não é suficiente. "O profissional deve
estar atento ao outro sempre.
A expatriação não adiantará
se a pessoa não se expuser",
alerta Fellipelli.
(CC)
PARA O OUTRO
Maurício Miyaki, 37, gerente de
soluções da IBM, foi mandado pela
empresa para participar de um
projeto de voluntariado na
Índia por um mês. A missão
era ajudar o governo loca la
atender tribos rurais. "Fui
colocado em uma situação
extrema: um país
diferente e com poucas
ferramentas", conta.
"Aprendi a ser mais
flexível ao lidar
com pessoas de
vários lugares
para buscar a
melhor solução", diz.
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