São Paulo, domingo, 07 de novembro de 2010

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Conhecer países ajuda a conduzir times globais

Equipes virtuais e internacionais exigem capacidade de comunicação

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Saber se relacionar bem com chefes, funcionários e clientes sempre foi um dos principais trunfos de um líder. Esse papel agora ganha mais um matiz: ter flexibilidade para lidar bem com a diversidade cultural.
Além da fragmentação de fronteiras nos negócios entre países e do crescimento das economias emergentes, o novo desafio é chefiar projetos realizados por times virtuais.
"Quem quer trabalhar com equipes globais tem de se importar com o outro e aprender a se comunicar com pessoas de culturas muito diferentes", concorda Adriana Fellipelli, sócia-diretora da consultoria Fellipelli.
Ouvir e entender o outro é pré-requisito, portanto o diferencial é ser capaz de criar respostas adequadas para os mais variados públicos.
"Alguns entendem que a necessidade de multiculturalismo não é só ter de lidar com a diversidade, é entender os motivos dela", explica o professor Joaquim Sérgio Corrêa, do Instituto Coppead de Administração da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O modo mais comum de as empresas prepararem seus talentos para isso é enviá-los para projetos internacionais.
As companhias esperam que, ao trabalhar em outro país, o líder em potencial adquira um pouco da cultura profissional local, ganhe maturidade e, assim, acelere seu desenvolvimento.
"O fato de estar em outra cultura ensina a trafegar em qualquer contexto", avalia Carlos Morassutti, diretor de RH da Volvo do Brasil.

MOBILIDADE
Em geral, as companhias pedem para os funcionários explicitarem seu interesse por mobilidade nacional e internacional. "Quanto mais experiências tiver, mais preparada essa pessoa estará", afirma Sylmara Requena, diretora de desenvolvimento de pessoas da Siemens.
Para o coordenador de vendas Carlos Eduardo Tibúrcio, passar três anos trabalhando na matriz da Siemens, na Alemanha, trouxe contatos importantes e mais segurança. "Faz diferença conhecer as equipes pessoalmente, aumenta o grau de confiança nelas e deles na equipe do Brasil", comenta.
Só morar fora não é suficiente. "O profissional deve estar atento ao outro sempre. A expatriação não adiantará se a pessoa não se expuser", alerta Fellipelli. (CC)



PARA O OUTRO
Maurício Miyaki, 37, gerente de soluções da IBM, foi mandado pela empresa para participar de um projeto de voluntariado na Índia por um mês. A missão era ajudar o governo loca la atender tribos rurais. "Fui colocado em uma situação extrema: um país diferente e com poucas ferramentas", conta.
"Aprendi a ser mais flexível ao lidar com pessoas de vários lugares para buscar a melhor solução", diz.


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