COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O dentista João Carlos Mileo, 50, é um dos profissionais que trabalham no CEO (Centro de Especialidade Odontológica) da Prefeitura de São Paulo.
Em 1997, ele prestou um concurso para trabalhar no Estado pensando na estabilidade e na tranquilidade de receber um salário fixo.
"Trabalhar só em consultório é muito instável. O paciente marca e depois desmarca", explica. "O dentista precisa ter um salário fixo."
O serviço foi municipalizado em 2000, portanto hoje Mileo é um funcionário do Estado que foi "emprestado" para o município.
Atualmente o dentista divide o tempo entre suas aulas no Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e o atendimento que presta no CEO, em seu consultório e no Serviço Social da Construção Civil.
Ele conta que só consegue fazer tudo isso porque a prefeitura é muito flexível com relação ao horário. "A prefeitura me dá muito apoio."
Ele admite, porém, que acumular tarefas faz com que tenha de deixar muita coisa para trás.
"Hoje, por exemplo, só tomei o café da manhã", contou ele durante a entrevista, feita no final do dia.
Mesmo em meio à correria, Mileo afirma que continua estudando muito. "Sou especialista em endodontia e estou fazendo um curso de implante. A prefeitura dá bastante apoio para quem quer estudar", afirma. (RGV)


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