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EM BUSCA DE CONHECIMENTO
Advogado estuda para falar a mesma língua dos clientes
Objetivo é entender melhor os problemas dos executivos que representa
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O advogado Eduardo Benetti,
32, acorda às 6h. Às 9h, entra
em reunião. No escritório,
atende a clientes, analisa contratos e almoça um sanduíche
enquanto pesquisa no computador dados sobre um cliente
(uma empresa de transportes).
O dia não terminou: Benetti
ainda envia um contrato pela
internet antes de conseguir
sair, depois das 18h, rumo ao
Ibmec, onde freqüenta um curso de MBA Executivo.
O ritmo acelerado começou
há seis meses. O motivo que levou Benetti a enfrentar a maratona foi a necessidade de falar a
mesma língua que seus clientes, que são empresários.
Desde que montou seu atual
escritório, com outros dois sócios, ele assumiu a administração financeira do negócio. E
percebeu que existia um problema de comunicação entre
advogados e empresários.
"Há um tecnicismo excessivo. Para preservar a classe, o
advogado usa uma linguagem
rebuscada demais. Quando
montamos o escritório, eu e
meus sócios resolvemos que
iríamos nos fazer entender."
Pilhas de livros
Ele pretende entender a fundo os problemas e o dia-a-dia
dos clientes. "Quero mais conhecimento técnico para ter
embasamento concreto na hora de tomar decisões para os
meus clientes. Uma decisão errada custa muito dinheiro."
Assim, ele pretende evitar
desgastantes e longas demandas judiciais e ajudar empresários a negociarem, dentro da
lei, problemas como dívidas e
impasses com fornecedores.
Além das horas passadas em
classe (as aulas vão até as
22h30), o advogado, que atua
na área societário-contratual,
enfrenta uma carga grande de
estudos extras. Uma pilha de
livros e apostilas "decora" o
chão de seu escritório. "É bem
diferente das pós que fiz em direito", conta. Foram quatro
-uma delas, nos EUA.
É o primeiro curso que ele faz
com ênfase em outra área. "Talvez por isso esteja sofrendo
tanto. Estudo todos os dias, inclusive aos sábados [tem aula
de manhã] e domingos", conta.
No contato com os colegas do
MBA, ele acabou tendo uma visão privilegiada: virou uma espécie de guardião das queixas
dos executivos com relação a
seus escritórios de advocacia.
"É como um "feedback"."
(RGV)
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