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POPULAÇÃO EM MOVIMENTO
Migrante ainda busca SP
DA SUCURSAL DO RIO
A migração interna no Brasil
não mudou de rota: continua tendo como principal ponto de partida o Nordeste e como ponto de
chegada principal o Sudeste, de
acordo com os dados do censo do
IBGE. A pesquisa, no entanto,
captou um aumento no números
de pessoas que migram para o
Nordeste vindos do Sudeste.
De acordo com Fernando Albuquerque, gerente do projeto de
componente da dinâmica demográfica do IBGE, esse novo movimento pode estar sendo realizado
principalmente por pessoas que
nasceram no Nordeste, foram
tentar a sorte no Sudeste e decidiram voltar para o Estado de nascimento, desiludidos ou bem-sucedidos com a experiência.
No Censo de 1991, 477.915 brasileiros que vieram de outras regiões nos cinco anos anteriores à
pesquisa residiam no Nordeste.
Em 2000, esse número subiu para
623.960, um aumento de 30,5%.
Apesar do aumento no número
de imigrantes no Nordeste, a região ainda é a que mais "expulsa"
população, já que saíram de lá,
nos cinco anos anteriores à pesquisa do Censo 2000, 1,457 milhão
de brasileiros, o que deixa o Nordeste com um saldo emigratório
de 833 mil pessoas em 2000.
O Sudeste recebeu 1,546 milhão
de pessoas nos cinco anos anteriores ao Censo 2000 e "expulsou"
950 mil, o que dá um saldo imigratório de 596 mil pessoas.
O local de residência anterior
mais comum dos que chegaram
ao Nordeste, de acordo com o
Censo 2000, foi o Sudeste, com
73,6% do total, seguido do Norte,
com 12,9%, do Centro-Oeste, com
9,5% e do Sul, com 4%.
Entre os que chegaram ao Sudeste, a região de origem mais comum era o Nordeste, com 66,8%,
seguida do Sul, com 14,5%, do
Centro-Oeste, com 13,5% e do
Norte, com 5,2%.
O censo detectou também aumento na migração de nordestinos para o Centro-Oeste, principalmente para Brasília e Goiás, e
diminuição do fluxo para o Norte.
No saldo migratório (diferença
entre pessoas que entram e que
saem do Estado nos cinco anos
anteriores ao censo), São Paulo
continua sendo o Estado que mais
recebe imigrantes e a Bahia, o Estado que mais expulsa.
O censo detectou ainda um aumento no número de estrangeiros
que hoje vivem no Brasil, de 606
mil em 1991 para 733 mil em 2000,
o que significa uma variação de
20,1%. Eles, no entanto, continuam representando apenas
0,4% do total da população.
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