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Separadas aumentam exigências de parceiros
DA REPORTAGEM LOCAL
Casar depois dos 30 anos parece ser ainda mais difícil para
mulheres que já passaram por
uma primeira união que não
deu certo. Motivo: o romantismo acaba cedendo espaço para
a experiência e, com ela, aumentam as exigências em relação ao novo parceiro.
A pessoa ideal fica cada vez
mais idealizada, e, relativamente livres de pressões e preconceitos, as mulheres dizem que,
apesar de sentirem falta da
companhia, preferem estar sós
a mal-acompanhadas.
"No primeiro casamento
aceitamos e cedemos mais. Fazemos isso "por amor", porque
somos mais românticas. Mas,
para encarar um segundo marido, já não estamos mais dispostas a passar por muitas coisas, não queremos mais cobranças", afirma a secretária
Isilda Rosana Bruchini, 36.
"Por um lado, é ruim porque
acabamos nos fechando para
novas experiências e ficamos
muito na defensiva. Mas, por
outro lado, acho que é inevitável", pondera a secretária-executiva Anna Maria S., 45.
Isilda foi casada dos 20 aos 28
anos e, desde a separação, diz
ter dificuldades em encontrar
um namorado que consiga levar a relação adiante, respeitando a necessidade de ficar
com o filho, Pedro, 11.
"Tive dois namorados. Tudo
sempre ia bem no começo,
mas, depois de um certo tempo, eles passavam a reclamar
por eu querer levar o Pedro em
alguns encontros", conta.
Anna morou com uma pessoa por dez anos, depois teve
um namoro, que durou mais
dez e, desde 97, está solteira.
Para ela, os homens mostram
dificuldade de se entregar.
Anna Maria conta que ainda
sofre alguma pressão por ser
solteira e diz que tenta não se
chatear com brincadeiras.
Ambas, no entanto, afirmam
querer uma companhia.
"Quero, sim, alguém que me
compreenda, me aceite e que
tenha a ver comigo, mas não fico atrás", afirma Anna Maria.
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