São Paulo, quinta-feira, 09 de maio de 2002

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CONSUMO E TRABALHO

Ampliação da telefonia marca década

DA REPORTAGEM LOCAL

Os anos 90 foram os anos do telefone e do automóvel. O número de famílias brasileiras que passou a possuir carro quase dobrou de 1991 a 2000. O acesso das famílias aos serviços de telefonia quase triplicou no mesmo período.
A melhora não ocorreu só nesses dois casos. O número de brasileiros que passou a ter acesso a bens duráveis e a serviços considerados essenciais -como água encanada, esgoto, eletricidade e coleta de lixo- aumentou de forma generalizada na década.
Os aumentos não foram tão grandes quanto nos casos do telefone -apenas 6,4 milhões de casas tinham ao menos uma linha em 1991 e 17,7 milhões passaram a ter em 2000- e dos carros, em que o aumento foi de 82%.
O número de casas com energia elétrica aumentou 37,8%, o de residências com esgoto ou fossa séptica subiu ainda mais, 53,9%. O número de famílias com água encanada cresceu 53,9%.
O mesmo acontece com outros bens duráveis como rádio (aumento de 36,1% no número de casas com o aparelho), televisão (40,7%), geladeira ou freezer (32,1%) e máquina de lavar roupas (62,3%).
Em alguns casos, os aumentos não devem se repetir. Pelo simples fato de a maioria dos brasileiros já ter adquirido o bem ou serviço. É isso que deve ocorrer com eletricidade, que já chegou a 93% das casas. Os aparelhos de rádio e televisão já estão em 87% dos domicílios e a geladeira em 83,2%.
Ainda assim, os dados do censo mostram que, em alguns casos, a maioria dos brasileiros ainda é "excluída". Telefone, por exemplo, mesmo com todo o aumento da década passada, ainda é um privilégio quando que se considera que 60% das casas não têm linha instalada.
Falta esgoto encanado ou fossa séptica para 37% das casas. Máquina de lavar, carro e videocassete são privilégios de cerca de um terço dos domicílios. Computador existe apenas em uma de cada dez casas do país.
As diferenças regionais também são grandes. Nos Estados do Norte e Nordeste, o acesso aos mesmos bens e serviços é menor. No Maranhão, por exemplo, apenas 15% das casas têm telefone, proporção que sobe para 58% em São Paulo e 73,8% em Brasília.


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