São Paulo, domingo, 10 de julho de 2011

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Com 'Big Brother', Infraero tenta resolver problema em tempo real

DE BRASÍLIA

São 9h30. O horário é de pico no aeroporto JK, na capital do país. Em uma sala ampla, nove telas de TV de 42 polegadas monitoram o movimento.
Dois funcionários da Infraero manipulam as imagens por um "joystick". "Está tudo tranquilo", diz um deles, aproximando uma imagem de circuito interno.
De lá, vê-se tudo, até parte do interior de um avião com a porta já aberta no pátio.
Este é o Centro de Gerenciamento Aeroportuário, o CGA, estrutura montada pela Secretaria da Aviação Civil para resolver, em tempo real, problemas corriqueiros que tradicionalmente demoravam horas para ter solução.
Trata-se de uma espécie de sala permanente de situação, integrada diariamente por representantes das empresas aéreas, órgãos de controle e comandada pela Infraero.
"Flagramos uma fila muito grande num guichê? OK. Aqui mesmo perguntamos para TAM o que está havendo e resolvemos na hora", diz Antônio Sales, superintendente do JK, aeroporto que será privatizado em breve.
A Folha acompanhou a rotina em uma manhã movimentada. Não houve incidentes nem muitos atrasos. Já são 10h38. Sales comanda: "Joga o terminal 2, por favor", diz ele ao operador do "Big Brother" da Infraero. Em seguida, vai para a imagem de fila no check-in.

DE OLHO NA TELA
Dentro da sala, o circuito interno de TV é a parte mais importante do sistema integrado, pois mostra o cenário de ocupação do aeroporto.
"Tínhamos parte desse controle de imagem antes do CGA, mas ficava pulverizado, em diferentes lugares do aeroporto", explicou Antônio Sales. À sua volta, funcionários da TAM, da Gol, da Avianca e da Webjet trabalhavam lado a lado. Toda manhã, às 8h30, um briefing trata das ocorrências do dia anterior. No dia 5, o assunto foi sobre um avião da TAM que se chocou com um pássaro e fez passageiros esperarem no JK por outro voo. O grupo soube do acidente antes mesmo do pouso.
Inaugurado em 2 de junho, o CGA ampliou o número de mesas para receber empresas aéreas regionais e internacionais.
Ainda não deu tempo para testar o novo órgão em momentos de estresse como o de férias nem estrear a "sala de crise", criada para coordenar a gestão do aeroporto em situações-limite. (NN)



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