O mercado brasileiro de acesso à Internet representa um potencial de US$ 500 mil ao ano; estima-se que, na virada do século, essa cifra passe para US$ 960 milhões ao ano, com 4 milhões de usuários na rede

MARIJÔ ZILVETI
da Reportagem Local

A Internet impulsionou os negócios com acesso à rede no Brasil em 96. Prova disso é o número de máquinas conectadas à rede para acesso e informação, conhecidas como hosts.
Em 95, havia 74.458 máquinas. Em maio deste ano, esse número saltou para 99.166. O presidente da Abranet (Associação Brasileira de Provedores de Acesso à Internet), Antônio Tavares, estima que hoje o mercado de acesso à rede mundial represente um potencial de US$ 500 mil ao ano.
Tavares se baseia em uma média de 500 mil usuários que acionam a rede por meio de assinaturas. Desse total, 15% são do meio acadêmico. Para o ano 2000, o presidente da Abranet estima que 4 milhões de pessoas estarão plugadas na Internet no Brasil.
Essa cifra, segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, é otimista. O CG calcula que hoje haja 1 milhão de brasileiros conectados.
Baseado em seus números, Tavares estima que o mercado de acesso, na virada do século, represente um potencial de US$ 960 milhões ao ano.
"Esse número não é fora de propósito, basta fazer o cálculo de 4 milhões de pessoas, pagando cerca de R$ 20 por mês para acionar a rede", diz ele.
Entre os maiores provedores que oferecem acesso à Internet estão o Universo Online, empresa que pertence ao grupo Folha e ao grupo Abril, o Mandic e o Dialdata. Esse último estima crescer este ano 150% em relação a 96.
O Mandic teve uma receita de US$ 600 mil em 96. Segundo seu presidente, Aleksandar Mandic, o crescimento foi de 2,8 vezes em relação ao de 95.
O termômetro para medir o sucesso do Universo Online é o número de páginas visitadas. Em junho, foram 2,5 milhões por dia. De janeiro a junho, o crescimento foi de 21% ao mês, segundo o diretor-geral, Caio Túlio Costa.



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