São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2004

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ENGENHARIA

Acompanhamento de obras e atividade no escritório dividem expediente

DA REPORTAGEM LOCAL

Natural de Assis, no interior de São Paulo, o engenheiro civil Osvaldo Francisco de Carvalho, 48, trabalha há 19 anos com construção de casas de madeira pré-fabricadas e de alvenaria.
Mas, no início da carreira, quando, segundo ele, o mercado de trabalho era menor, já fez topografia (representação no papel da configuração de uma porção do terreno com todos os acidentes e objetos que se achem na superfície) e prestou assessoria a empresas de seguro imobiliário.
"Naquele tempo, a engenharia não tinha tantos desdobramentos como hoje. Era civil, mecânica, de produção e mais uma ou outra. A civil era a que proporcionava a maior variedade de trabalho. Um engenheiro civil podia trabalhar, além da realização de projetos e de obras, com venda de material e de produtos, com regularização de imóveis, com segurança e aprovação de projetos em órgãos responsáveis."
Na empresa em que trabalha, Carvalho não cuida especificamente dos projetos, que são feitos por duas arquitetas, mas de tudo o que é preciso para viabilizá-los. "Minha primeira ação é sempre visitar o terreno e verificar tudo o que é preciso para a implantação do imóvel, como qual o tipo de fundação necessária, como deve ser posicionada a casa em relação ao sol etc."
Depois, ele faz o levantamento do material necessário para executar o projeto e o planejamento da mão-de-obra necessária para a obra.
"Todo o material é calculado exatamente. Não pode faltar ou sobrar uma peça. Como a maior parte de nossos trabalhos são casas no litoral e no interior, temos de evitar muitas viagens desnecessárias. E a mão-de-obra é sempre terceirizada. Já trabalhamos com uma equipe há muito tempo, o que me poupa de fazer um acompanhamento diário da obra. Como as construções em geral são rápidas, cerca de seis meses, vou algumas vezes e na entrega das chaves."
Carvalho diz que o que mais gosta em seu trabalho é justamente a divisão entre escritório e campo. "Não agüentaria ficar só no escritório, em serviço burocrático, nem só na obra. Alguns engenheiros "levam" seu escritório para as obras, pois têm de ficar lá do começo ao fim. Eu já gosto mesmo da falta de rotina. De fazer um pouco de tudo", afirma.
Com isso, de acordo com ele, apesar de o bom andamento de seu trabalho depender de terceiros -como fornecedores, arquitetos, operários de obras etc.-, é mais centralizado no engenheiro. "Não chega a ser um trabalho em equipe, pois as minhas tarefas eu as desenvolvo sozinho, mesmo no caso de passar funções para os outros", explica. (MS)


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