São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TERAPIA OCUPACIONAL

Desenho e teatro se transformam em instrumentos para auxiliar na inserção social

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem vê Giovana Martini, 24, sentada no chão de uma sala cheia de brinquedos, sem sapatos, desenhando com um garoto sorridente de cinco anos, imagina que ela está apenas brincando, como em uma atividade de lazer.
Mas esse, na verdade, é o ambiente de trabalho de Giovana, uma terapeuta ocupacional com especialização em neurologia aplicada à reabilitação infantil. E, apesar de parecer uma brincadeira, é uma atividade séria e delicada. Ela trabalha há três anos na AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), no setor de terapia ocupacional infantil.
Seu trabalho na entidade é favorecer a inserção social de crianças e jovens com disfunções de origem física, promovendo a aquisição da autonomia, a superação das limitações e a realização de tarefas do dia-a-dia.
Giovana trabalha com as mais diferentes atividades que constituem o instrumento de intervenção do terapeuta ocupacional. Essas atividades podem ser pintura, desenho, teatro, vivência de tarefas do cotidiano relacionadas ao cuidado pessoal e às rotinas de trabalho.
Apesar de jovem, Giovana já está cheia de planos para evoluir como profissional. Ela está fazendo uma especialização em terapia ocupacional dinâmica, no Ceto (Centro de Estudos em Terapia Ocupacional), e outra em terapia da mão, no Hospital das Clínicas.
Além disso, cursa faculdade de música e pretende realizar um trabalho unindo a música à sua atual profissão. "Acredito que a música seja um instrumento terapêutico muito eficiente e quero desenvolver algo nesse sentido."
Afirmando ser realizada no que faz, ela diz que não liga para a rotina corrida que leva para conseguir dar conta de todas essas atribuições -faz a faculdade de música na Unicamp de manhã, atua na AACD à tarde e se dedica às especializações à noite.
Um terapeuta ocupacional, além da área em que Giovana atua, com crianças, também pode trabalhar com adultos e idosos com problemáticas geriátricas, psiquiátricas e sociais.
Os locais de trabalho também são diversos -hospitais-dia, hospitais gerais e especializados, atendimento domiciliar, instituições penais, escolas, consultórios particulares, centros de convivência, Caps (Centros de Atenção Psicossociais), unidades básicas de saúde e em instituições de ensino superior. (MS)


Texto Anterior: Habilidade em desenho é polêmica
Próximo Texto: Ciência da computação: Sistemas de computadores são os "pacientes"
Índice



Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright.