Estudos de caso ajudam a resolver problemas e desafios na empresa

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não é preciso esperar o curso de MBA acabar para colher bons frutos para a carreira. É na sala de aula que se começa a aproveitar o conhecimento.
Nos estudos de caso, o profissional é incentivado a levar os problemas que enfrenta em seu trabalho para a classe. Quando devolve o que aprendeu para a empresa, ele já começa a ganhar visibilidade.
Outro trunfo para quem faz um bom curso está na carteira ao lado. Quando se tem colegas interessantes, manter esses contatos -ou "networking"- é uma ótima maneira de aproveitar os benefícios do programa, segundo especialistas.
Além de trocar idéias, o ex-aluno monta uma agenda de contatos para, eventualmente, dar outra direção à carreira.
"É essencial ficar em contato com a rede de relacionamentos que fez no curso", ensina o "coach" (espécie de conselheiro) de carreira Renato Ricci. "E não é só com os outros alunos, mas com os professores também", completa.
Para ele, o aluno não deve se limitar ao que está no programa. "Deve aproveitar a sistemática do curso para aprender com as pessoas e ficar atento às oportunidades de informação que não estão nos livros."

Continuidade
O aprendizado e a troca de informações devem continuar mesmo após o término do curso. No Ibmec São Paulo, por exemplo, o ex-aluno pode continuar acessando os acervos da escola e participar de palestras e workshops sobre "coaching".
A idéia é incorporar as competências desenvolvidas no curso. "Muitos apostam em um MBA para conseguir promoção, mas não é disso que se trata. O mercado não avalia pelo título, mas pela capacidade de resolver problemas", diz Marco Quége, diretor-geral de programas executivos da BSP (Business School São Paulo).
Quando o profissional conseguir se mostrar mais capaz de gerar soluções para a companhia, deverá usar o que aprendeu e assumir uma postura em que deixe claro que está preparado para mais desafios.
Se houver oportunidades, quem conseguir bons resultados poderá até almejar uma promoção. "É válido que o profissional faça um planejamento de promoções, mas dentro de seu projeto de carreira", afirma Luis Antonio Vilalta, coordenador de programas de pós-graduação lato sensu da universidade Anhembi Morumbi.
Formada em marketing, Regina Campelo Maria, 46, resolveu fazer um MBA em gestão de marketing.
Sua idéia era se transferir da área comercial -onde atua como vendedora- para a gerencial da firma onde trabalha, ou seja, receber uma promoção.
"Converso muito com os gerentes da empresa", conta. "Já tive uma sinalização, estou na expectativa de obter uma promoção em 2009." (RGV)


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