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A trilha sonora
Aparato de áudio fica sofisticado ao ganhar alto-falantes diferenciados, que podem ser acompanhados de um amplificador para turbinar a potência
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quando o carro sai de fábrica
com equipamento de áudio, o
sistema é o mais simples possível. O segredo para ouvir música com alta fidelidade é apostar
em alto-falantes diferenciados.
Os originais são do tipo duas
vias, ou seja, têm duas espécies
de alto-falante. Cada um trabalha em uma faixa de freqüência:
o "woofer" reproduz sons graves, e o "tweeter", agudos.
Quanto mais vias de recepção de freqüência o equipamento tiver, mais detalhado será o som que sairá dele -dá para diferenciar os muito graves e
os meio agudos, entre outros.
Para fazer essa atualização,
entram em cena novos integrantes -veja acima quais são.
"O ideal é começar devagar.
Todos deveriam ter a alta fidelidade como meta", afirma
Willian Santiago, instrutor do
Senai (Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial), que
tem cursos sobre o tema.
Para incrementar o equipamento, basta montar um sistema com três vias, que já diferencia mais uma faixa de freqüência: a muito grave, que é
reproduzida pelo "subwoofer".
"Dá para ouvir qualquer tipo de
música com mais intensidade e
fidelidade", diz Santiago.
Trocar a bateria?
É possível agregar mais apetrechos e dispositivos para melhorar a qualidade do som, como o amplificador, que oferece
mais potência aos alto-falantes.
Quanto mais aparelhos forem
instalados, porém, mais energia da bateria será consumida.
Mas isso não significa que ela
tenha de ser trocada, dizem
Santiago, do Senai, e Renato
Giacomini, coordenador de engenharia elétrica da FEI (Fundação Educacional Inaciana).
"É muito difícil um sistema
normal precisar de mudança
ou de adição de baterias", afirma Santiago. "Só quando o objetivo é sonorizar festas com o
carro parado [o trio elétrico]."
Em movimento, explica, a
bateria vai sendo realimentada
pela energia gerada no alternador. "Cada veículo deve funcionar com a sua bateria específica", completa Giacomini.
Para saber quanto tempo o
carro parado toca música sem
descarregar a bateria, o motorista deve fazer um cálculo.
A energia da bateria é medida
em ampère/hora (A/h). Multiplicando-se esse valor por 12
volts -potência da maioria das
baterias-, chega-se à quantidade de watts gerados por hora.
Depois, é só dividir o valor
pela potência do sistema de
som. "Em uma bateria de 50
A/h, multiplica-se isso por 12
volts e tem-se 600 W/h. Em um
sistema de som de 60 W, pode-se ouvir música com o carro
desligado por até dez horas."
Para passar dessa cota, é melhor ter à mão um carregador e
uma tomada. "O problema de
instalar duas baterias é que isso
sobrecarrega o alternador."
Lucídio Reich, diretor-geral
da Redave, discorda. "Não há
problema em colocar mais uma
bateria, desde que seja um bom
trabalho. É tudo feito com chaves. Você só liga a segunda bateria para carregar a primeira."
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