São Paulo, domingo, 13 de abril de 2008

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A trilha sonora

Aparato de áudio fica sofisticado ao ganhar alto-falantes diferenciados, que podem ser acompanhados de um amplificador para turbinar a potência

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando o carro sai de fábrica com equipamento de áudio, o sistema é o mais simples possível. O segredo para ouvir música com alta fidelidade é apostar em alto-falantes diferenciados.
Os originais são do tipo duas vias, ou seja, têm duas espécies de alto-falante. Cada um trabalha em uma faixa de freqüência: o "woofer" reproduz sons graves, e o "tweeter", agudos.
Quanto mais vias de recepção de freqüência o equipamento tiver, mais detalhado será o som que sairá dele -dá para diferenciar os muito graves e os meio agudos, entre outros.
Para fazer essa atualização, entram em cena novos integrantes -veja acima quais são.

"O ideal é começar devagar. Todos deveriam ter a alta fidelidade como meta", afirma Willian Santiago, instrutor do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), que tem cursos sobre o tema.
Para incrementar o equipamento, basta montar um sistema com três vias, que já diferencia mais uma faixa de freqüência: a muito grave, que é reproduzida pelo "subwoofer". "Dá para ouvir qualquer tipo de música com mais intensidade e fidelidade", diz Santiago.

Trocar a bateria?
É possível agregar mais apetrechos e dispositivos para melhorar a qualidade do som, como o amplificador, que oferece mais potência aos alto-falantes. Quanto mais aparelhos forem instalados, porém, mais energia da bateria será consumida.
Mas isso não significa que ela tenha de ser trocada, dizem Santiago, do Senai, e Renato Giacomini, coordenador de engenharia elétrica da FEI (Fundação Educacional Inaciana).
"É muito difícil um sistema normal precisar de mudança ou de adição de baterias", afirma Santiago. "Só quando o objetivo é sonorizar festas com o carro parado [o trio elétrico]."
Em movimento, explica, a bateria vai sendo realimentada pela energia gerada no alternador. "Cada veículo deve funcionar com a sua bateria específica", completa Giacomini.
Para saber quanto tempo o carro parado toca música sem descarregar a bateria, o motorista deve fazer um cálculo.
A energia da bateria é medida em ampère/hora (A/h). Multiplicando-se esse valor por 12 volts -potência da maioria das baterias-, chega-se à quantidade de watts gerados por hora.
Depois, é só dividir o valor pela potência do sistema de som. "Em uma bateria de 50 A/h, multiplica-se isso por 12 volts e tem-se 600 W/h. Em um sistema de som de 60 W, pode-se ouvir música com o carro desligado por até dez horas."
Para passar dessa cota, é melhor ter à mão um carregador e uma tomada. "O problema de instalar duas baterias é que isso sobrecarrega o alternador."
Lucídio Reich, diretor-geral da Redave, discorda. "Não há problema em colocar mais uma bateria, desde que seja um bom trabalho. É tudo feito com chaves. Você só liga a segunda bateria para carregar a primeira."

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