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NA OFICINA
Cabos de qualidade evitam ruídos durante a música e curto-circuito
Segredo da boa instalação do aparelho está por um fio
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Por melhores que sejam os
equipamentos escolhidos, a
qualidade do aparato de som
estará sempre por um fio. Ou
melhor, por vários deles.
"A parte mais importante de
um sistema de áudio e vídeo é a
fiação", esclarece o preparador
de som Lázaro Lopes.
Sem cabos apropriados, o
motorista terá problemas que
vão desde chiados durante a
música até curto-circuito.
O que vem com o carro de fábrica é o chicote (que reúne vários cabos) e a antena, que bastam para um sistema básico.
Quando são acrescidos outros acessórios, pode ser necessário mudar as terminações da
fiação. Se o plugue de um alto-falante não for compatível com
a conexão do veículo, será preciso usar um adaptador.
Se o projeto ficar mais sofisticado e pedir um amplificador,
por exemplo, a fiação terá de
acompanhar o ritmo: maior
consumo de corrente elétrica
pede fios mais espessos.
Os encarregados de fazer a
energia elétrica circular pelos
aparelhos devem ser feitos de
bons materiais, como cobre,
que pode ser misturado à prata,
mas nunca a metais de baixa
condutividade de energia. Cabos com terminações banhadas
a ouro prometem mais condutividade e menos oxidação.
Apesar de tanto cuidado na
instalação, poucos motoristas
protegem o aparato de áudio.
Eles não costumam incluir na
apólice de seguro do veículo o
equipamento de som.
"Apenas 0,5% opta por incluir essa cobertura", comenta
o gerente de seguros de automóveis da Porto Seguro, Marcelo Sebastião.
Segundo Sebastião, quando o
equipamento de som é original
de fábrica, o proprietário tem
de pagar a franquia do carro para receber de volta o valor do
aparelho (se ele for roubado).
Seguro mais caro
Quando o valor do acessório
é segurado à parte do veículo, o
proprietário paga em média
30% do valor dos equipamentos para fazer a apólice. Se for
vítima de roubo ou furto, ele
precisará desembolsar mais
20% do valor do bem.
Quanto mais sofisticado e caro for o projeto de áudio do carro, mais difícil será conseguir
uma seguradora que aceite fazer a apólice, já que essa operação é considerada de alto risco.
Tanto que veículos considerados "tunados" costumam ser
recusados pelas seguradoras.
"É inviável", concorda o comerciante Cícero D'Elia Júnior, que gastou R$ 40 mil para
fazer sistema de áudio e vídeo
em seu Mitsubishi Pajero Full.
Tudo para ouvir um som de
qualidade e entreter seus quatro filhos durante as viagens.
"Mas, para fazer o seguro, tenho de pagar cerca de 40% do
valor gasto por ano, ou seja, devo desembolsar o que gastei basicamente a cada dois anos."
Para se proteger, ele conta
que instalou película de segurança nos vidros e rastreador e
não estaciona o carro na rua.
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