São Paulo, domingo, 13 de abril de 2008

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NA OFICINA

Cabos de qualidade evitam ruídos durante a música e curto-circuito

Segredo da boa instalação do aparelho está por um fio

ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Por melhores que sejam os equipamentos escolhidos, a qualidade do aparato de som estará sempre por um fio. Ou melhor, por vários deles.
"A parte mais importante de um sistema de áudio e vídeo é a fiação", esclarece o preparador de som Lázaro Lopes.
Sem cabos apropriados, o motorista terá problemas que vão desde chiados durante a música até curto-circuito.
O que vem com o carro de fábrica é o chicote (que reúne vários cabos) e a antena, que bastam para um sistema básico.
Quando são acrescidos outros acessórios, pode ser necessário mudar as terminações da fiação. Se o plugue de um alto-falante não for compatível com a conexão do veículo, será preciso usar um adaptador.
Se o projeto ficar mais sofisticado e pedir um amplificador, por exemplo, a fiação terá de acompanhar o ritmo: maior consumo de corrente elétrica pede fios mais espessos.
Os encarregados de fazer a energia elétrica circular pelos aparelhos devem ser feitos de bons materiais, como cobre, que pode ser misturado à prata, mas nunca a metais de baixa condutividade de energia. Cabos com terminações banhadas a ouro prometem mais condutividade e menos oxidação.
Apesar de tanto cuidado na instalação, poucos motoristas protegem o aparato de áudio. Eles não costumam incluir na apólice de seguro do veículo o equipamento de som.
"Apenas 0,5% opta por incluir essa cobertura", comenta o gerente de seguros de automóveis da Porto Seguro, Marcelo Sebastião.
Segundo Sebastião, quando o equipamento de som é original de fábrica, o proprietário tem de pagar a franquia do carro para receber de volta o valor do aparelho (se ele for roubado).

Seguro mais caro
Quando o valor do acessório é segurado à parte do veículo, o proprietário paga em média 30% do valor dos equipamentos para fazer a apólice. Se for vítima de roubo ou furto, ele precisará desembolsar mais 20% do valor do bem.
Quanto mais sofisticado e caro for o projeto de áudio do carro, mais difícil será conseguir uma seguradora que aceite fazer a apólice, já que essa operação é considerada de alto risco. Tanto que veículos considerados "tunados" costumam ser recusados pelas seguradoras.
"É inviável", concorda o comerciante Cícero D'Elia Júnior, que gastou R$ 40 mil para fazer sistema de áudio e vídeo em seu Mitsubishi Pajero Full.
Tudo para ouvir um som de qualidade e entreter seus quatro filhos durante as viagens. "Mas, para fazer o seguro, tenho de pagar cerca de 40% do valor gasto por ano, ou seja, devo desembolsar o que gastei basicamente a cada dois anos."
Para se proteger, ele conta que instalou película de segurança nos vidros e rastreador e não estaciona o carro na rua.


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