São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010

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INDÚSTRIA

Empresas se recuperam sem atingir nível de 2008

Em São Paulo, setor não preencheu todas as vagas que foram fechadas

Quase um terço dos postos destina-se a engenheiros, mas ainda há dificuldade para achar gente qualificada

DE SÃO PAULO

Apesar do otimismo fomentado pelos números recordes de crescimento no emprego em março e abril apresentados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, o setor industrial ainda não retomou o fôlego do período pré-crise.
"A indústria caiu tanto no ano passado que temos de pensar com relação ao ano anterior", avisa o economista Rogério César de Souza, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
Fazendo essa relação, o Estado de São Paulo tem 71 mil postos negativos -diferença entre os que foram abertos e os fechados- em relação a outubro de 2008.
"A perda de empregos foi maior, proporcionalmente, do que no Brasil", analisa Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Dois fatores explicam a lentidão na retomada. Um é que o crescimento se baseia no aquecimento do mercado interno, por isso quem vende para o exterior demora mais para se reerguer. Outro é que as empresas, na crise, aprenderam a trabalhar com quadros mais enxutos.
Os setores que abrem mais postos são os de infraestrutura, óleo e gás, construção civil e equipamentos.

CAÇA A ENGENHEIROS
Quase um terço das oportunidades abertas destina-se a engenheiros -32% delas, segundo a pesquisa Datafolha. Mas também é em engenharia que as empresas têm dificuldades para encontrar profissionais com a formação necessária. Por isso investem em sua formação.
A Vale, por exemplo, oferece especialização na área de portos e minérios em universidades públicas conveniadas e concede bolsa de estudo sem exigir vínculo profissional para formados há até três anos. (CC)


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