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INDÚSTRIA
Empresas se recuperam sem atingir nível de 2008
Em São Paulo, setor não preencheu todas as vagas que foram fechadas
Quase um terço dos postos destina-se a engenheiros, mas ainda há dificuldade para achar gente qualificada
DE SÃO PAULO
Apesar do otimismo fomentado pelos números recordes de crescimento no
emprego em março e abril
apresentados pelo Caged
(Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do
Ministério do Trabalho e Emprego, o setor industrial ainda não retomou o fôlego do
período pré-crise.
"A indústria caiu tanto no
ano passado que temos de
pensar com relação ao ano
anterior", avisa o economista
Rogério César de Souza, do
Instituto de Estudos para o
Desenvolvimento Industrial.
Fazendo essa relação, o
Estado de São Paulo tem 71
mil postos negativos -diferença entre os que foram
abertos e os fechados- em
relação a outubro de 2008.
"A perda de empregos foi
maior, proporcionalmente,
do que no Brasil", analisa
Paulo Francini, diretor do
Departamento de Pesquisas
e Estudos Econômicos da
Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Dois fatores explicam a
lentidão na retomada. Um é
que o crescimento se baseia
no aquecimento do mercado
interno, por isso quem vende
para o exterior demora mais
para se reerguer. Outro é que
as empresas, na crise, aprenderam a trabalhar com quadros mais enxutos.
Os setores que abrem mais
postos são os de infraestrutura, óleo e gás, construção civil e equipamentos.
CAÇA A ENGENHEIROS
Quase um terço das oportunidades abertas destina-se
a engenheiros -32% delas,
segundo a pesquisa Datafolha. Mas também é em engenharia que as empresas têm
dificuldades para encontrar
profissionais com a formação
necessária. Por isso investem
em sua formação.
A Vale, por exemplo, oferece especialização na área
de portos e minérios em universidades públicas conveniadas e concede bolsa de estudo sem exigir vínculo profissional para formados há
até três anos.
(CC)
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