|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mãe espera por uma vaga há dois anos, sem sucesso
NATÁLIA SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Rodrigo, 6, filho da médica
Vivian Bassi Guerreiro, 40,
vai ingressar no primeiro
ano do fundamental em
2010, mas a busca por uma
vaga começou há dois anos.
"Eu sabia que a disputa era
grande e tentei uma vaga cedo, mas sem sucesso", conta
Vivian, que questiona os critérios usados nas seleções.
Ela não conseguiu vaga no
Móbile, no Palmares, no
Santa Cruz, na Escola Suíço
Brasileira, na St. Paul's e na
Chapel. Só teve uma resposta
positiva no Consa.
"Parece que as escolas, que
têm uma mensalidade caríssima, estão nos fazendo um
favor ao nos deixar entrar
nelas. E só entra filho de ex-aluno ou irmão mais novo de
aluno. O meu filho, que é único, fica sem chance."
Em 2008, Vivian participou pela segunda vez da seleção do Móbile, quando, segundo ela, anunciaram a
abertura de uma turma. "Fiquei animada, pensando que
seriam mais 15 ou 20 vagas."
Mas ela descobriu na hora do
sorteio que havia três lugares
para 130 candidatos.
Em resposta, o Móbile
afirma apenas que os critérios usados no ingresso de
novos alunos estão disponíveis no site do colégio.
"Fico revoltada, parece um
circo. As escolas, como têm
muita procura, não têm um
pingo de respeito por quem
espera uma vaga. Não dizem
qual o critério usado nas listas de espera, não dão posição nenhuma."
Texto Anterior: Depoimentos: Com dívidas, corretora teve duas matrículas recusadas Próximo Texto: Frase Índice
|