São Paulo, domingo, 13 de setembro de 2009

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Mãe espera por uma vaga há dois anos, sem sucesso

NATÁLIA SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Rodrigo, 6, filho da médica Vivian Bassi Guerreiro, 40, vai ingressar no primeiro ano do fundamental em 2010, mas a busca por uma vaga começou há dois anos. "Eu sabia que a disputa era grande e tentei uma vaga cedo, mas sem sucesso", conta Vivian, que questiona os critérios usados nas seleções.
Ela não conseguiu vaga no Móbile, no Palmares, no Santa Cruz, na Escola Suíço Brasileira, na St. Paul's e na Chapel. Só teve uma resposta positiva no Consa.
"Parece que as escolas, que têm uma mensalidade caríssima, estão nos fazendo um favor ao nos deixar entrar nelas. E só entra filho de ex-aluno ou irmão mais novo de aluno. O meu filho, que é único, fica sem chance."
Em 2008, Vivian participou pela segunda vez da seleção do Móbile, quando, segundo ela, anunciaram a abertura de uma turma. "Fiquei animada, pensando que seriam mais 15 ou 20 vagas." Mas ela descobriu na hora do sorteio que havia três lugares para 130 candidatos.
Em resposta, o Móbile afirma apenas que os critérios usados no ingresso de novos alunos estão disponíveis no site do colégio.
"Fico revoltada, parece um circo. As escolas, como têm muita procura, não têm um pingo de respeito por quem espera uma vaga. Não dizem qual o critério usado nas listas de espera, não dão posição nenhuma."


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