COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Bruno Silva assiste diariamente às aulas do colégio das 7h às 12h30, do cursinho das 14h20 às 18h10 e, no sábado, tem reforço de redação, atualidades, inglês e matemática básica ou simulado. Sofia Maruci também se prepara desde o início do ano, estudando na escola, no cursinho e em casa.
Ao contrário do que parece, os dois não são candidatos a uma vaga em uma universidade concorrida, mas a uma de primeiro ano do ensino médio.
Bruno,14, concorre à Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas. Sofia, 14, quer uma vaga no Santa Cruz. "A concorrência está bem maior que nos últimos anos, mas nem posso pensar em não passar. Ficaria muito decepcionada porque é o colégio dos meus sonhos", diz ela.
Bruno, que estuda hoje na Escola Estadual Maestro Fabiano Lozano, quer ir para a Getúlio porque professores, amigos da família e colegas de classe disseram que o ensino de lá é de boa qualidade. A relação candidato-vaga da Etec é 7,38.
Ele é aluno da primeira turma de pré-vestibulinho do Cursinho do XI, aberta neste ano, com 20 alunos e mensalidade de R$ 80 para 18 horas mensais.
Assim como o XI, o Rumo Vestibulares prepara os alunos para as provas de admissão do primeiro ano do ensino médio das escolas técnicas estaduais e do Cefet. São 13 turmas com 620 estudantes. E o preparatório para o vestibulinho é até mais caro que o do vestibular para as mesmas 15 horas semanais: cinco parcelas de R$ 216 contra cinco de R$ 190 para as turmas iniciadas em agosto.
Já o Remo Recursos cobra mensalidade de R$ 960 a R$ 1.080 para preparar para a seleção de colégios como Bandeirantes, Palmares e Santa Cruz; são até três alunos por classe.
(JULIANA CARIELLO)