São Paulo, domingo, 14 de junho de 2009

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VAGAS 2009

Serviços quer contratar; indústria ainda hesita

Empresas já equilibram dispensas e admissões, aponta Datafolha

BRUNA MARTINS FONTES
EDITORA-ASSISTENTE DE SUPLEMENTOS

Quando chegou ao Brasil, a onda da crise econômica mundial acertou em cheio os empregos. No auge, a diferença entre contratações e demissões deu saldo negativo de 655 mil postos em dezembro de 2008, segundo o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
No primeiro trimestre, porém, grandes empresas sinalizaram reequilíbrio na dinâmica de contratação e demissão em cargos que exigem diploma.
Nesse período, demitiram mais funcionários (29 cada uma, em média) do que contrataram (21). Mas o percentual das que pretendem admitir neste ano (60%) é maior do que a taxa das que demitiram no primeiro trimestre (52%).
Esses são alguns dos resultados de pesquisa realizada pelo Datafolha, entre abril e maio, com 300 das maiores companhias do país para revelar o balanço entre os cortes feitos e as contratações planejadas em cargos destinados a quem tem nível superior de escolaridade.
Empregador mais importante, o setor de serviços foi o que demitiu mais pessoas, mas é o que mais pretende contratar.
Com variação negativa na criação de empregos de janeiro a abril (-2%, segundo o MTE), a indústria ainda hesita em abrir vagas -plano de 51% das empresas, diz o Datafolha.
"Com a redução da demanda, está ajustando o nível de produção", comenta Paulo Francini, diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Para ele, o setor já mostra voltar à estabilidade.
O comércio também segue cauteloso: até abril, fechou 65 mil vagas a mais que as abertas.
Confira nesta edição o que empresas nacionais e multinacionais revelaram ao Datafolha sobre mudanças em benefícios, bônus e subsídio a treinamento, além dos planos para programas de trainee.


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