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VAGAS 2009
Serviços quer contratar; indústria ainda hesita
Empresas já equilibram dispensas e admissões, aponta Datafolha
BRUNA MARTINS FONTES
EDITORA-ASSISTENTE DE SUPLEMENTOS
Quando chegou ao Brasil, a
onda da crise econômica mundial acertou em cheio os empregos. No auge, a diferença entre contratações e demissões
deu saldo negativo de 655 mil
postos em dezembro de 2008,
segundo o MTE (Ministério do
Trabalho e Emprego).
No primeiro trimestre, porém, grandes empresas sinalizaram reequilíbrio na dinâmica
de contratação e demissão em
cargos que exigem diploma.
Nesse período, demitiram
mais funcionários (29 cada
uma, em média) do que contrataram (21). Mas o percentual
das que pretendem admitir
neste ano (60%) é maior do que
a taxa das que demitiram no
primeiro trimestre (52%).
Esses são alguns dos resultados de pesquisa realizada pelo
Datafolha, entre abril e maio,
com 300 das maiores companhias do país para revelar o balanço entre os cortes feitos e as
contratações planejadas em
cargos destinados a quem tem
nível superior de escolaridade.
Empregador mais importante, o setor de serviços foi o que
demitiu mais pessoas, mas é o
que mais pretende contratar.
Com variação negativa na
criação de empregos de janeiro
a abril (-2%, segundo o MTE), a
indústria ainda hesita em abrir
vagas -plano de 51% das empresas, diz o Datafolha.
"Com a redução da demanda,
está ajustando o nível de produção", comenta Paulo Francini, diretor do departamento de
pesquisas e estudos econômicos da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Para ele, o setor já mostra
voltar à estabilidade.
O comércio também segue
cauteloso: até abril, fechou 65
mil vagas a mais que as abertas.
Confira nesta edição o que
empresas nacionais e multinacionais revelaram ao
Datafolha sobre mudanças em
benefícios, bônus e
subsídio a treinamento, além dos planos para
programas de trainee.
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