|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ONCOLOGIA
O cirurgião de 8.000 e do vice-presidente
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O cirurgião oncológico Ademar Lopes, 62, cresceu na
propriedade rural dos pais em
Uberaba (MG). Na fazenda, ficava fascinado ao ver como os
animais, após o abate, eram
por dentro. "Desde o primário, já tinha decidido que seria
cirurgião", conta.
Lopes calcula ter realizado
cerca de 8.000 cirurgias. Além
do número de procedimentos, orgulha-se de ter formado mestres e doutores. Ele é
professor titular da Universidade de Mogi das Cruzes e
orientador de pós-graduação
na FAP (Fundação Antônio
Prudente), na qual também
exerce o cargo de diretor do
departamento de cirurgia
pélvica e de vice-presidente
do Hospital A. C. Camargo.
"Procuro um equilíbrio entre operar, atender [em consultório], ensinar, pesquisar e
escrever artigos. O bom cirurgião tem de ter uma conexão
direta com a área de pesquisa,
mas seu grande laboratório é
o centro cirúrgico."
De três a quatro vezes por
mês, Lopes opera voluntariamente no Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Muitas vezes, nos finais de semana.
"Reservo esses dias para cirurgias especiais, que podem
durar de oito a 20 horas."
No último domingo de janeiro, Lopes passou 17 horas
na cirurgia do vice-presidente
José Alencar, 77, na qual foram retirados um tumor de 12
cm e cerca de dez nódulos da
região abdominal.
(IB)
Texto Anterior: Atender também as urgências emocionais Próximo Texto: Quanto mais difícil, melhor Índice
|