São Paulo, domingo, 15 de fevereiro de 2009

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ONCOLOGIA

O cirurgião de 8.000 e do vice-presidente

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O cirurgião oncológico Ademar Lopes, 62, cresceu na propriedade rural dos pais em Uberaba (MG). Na fazenda, ficava fascinado ao ver como os animais, após o abate, eram por dentro. "Desde o primário, já tinha decidido que seria cirurgião", conta.
Lopes calcula ter realizado cerca de 8.000 cirurgias. Além do número de procedimentos, orgulha-se de ter formado mestres e doutores. Ele é professor titular da Universidade de Mogi das Cruzes e orientador de pós-graduação na FAP (Fundação Antônio Prudente), na qual também exerce o cargo de diretor do departamento de cirurgia pélvica e de vice-presidente do Hospital A. C. Camargo.
"Procuro um equilíbrio entre operar, atender [em consultório], ensinar, pesquisar e escrever artigos. O bom cirurgião tem de ter uma conexão direta com a área de pesquisa, mas seu grande laboratório é o centro cirúrgico."
De três a quatro vezes por mês, Lopes opera voluntariamente no Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Muitas vezes, nos finais de semana. "Reservo esses dias para cirurgias especiais, que podem durar de oito a 20 horas."
No último domingo de janeiro, Lopes passou 17 horas na cirurgia do vice-presidente José Alencar, 77, na qual foram retirados um tumor de 12 cm e cerca de dez nódulos da região abdominal. (IB)


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