São Paulo, domingo, 16 de maio de 2004

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Estudantes apontam aspectos positivos e negativos

Candidatos vêem antecipação de ingresso como vantagem; menor oferta de cursos é desvantagem

ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL

Meio do ano pode significar férias para alguns estudantes, mas, para outros, é uma nova oportunidade de ingressar na faculdade.
A maior parte dos que vão prestar vestibular agora cita vantagens como pouca concorrência. Mas os candidatos também citam desvantagens: o menor número de oferta de cursos é uma delas.
A estudante Natália Giovanini, 18, que vai prestar jornalismo no Mackenzie e publicidade na Faap, diz acreditar que é "bem mais fácil passar" no meio do ano porque "a concorrência é menor". Contudo ela se preocupa com o tempo reduzido para estudar toda a matéria e se queixa da menor oferta de cursos. "Boa parte das grandes instituições não realiza provas no meio do ano", diz ela, que, mesmo se for aprovada agora, ainda vai tentar o vestibular da Fuvest no final do ano. Outra desvantagem apontada por Natália é o fato de o curso começar em agosto. "É muito estranho."
Para Vivian Brull Leme, 18, que vai prestar Mackenzie e Belas Artes, a principal desvantagem é o candidato que quer estudar na USP, por exemplo, não chegar ao fim do ano se preparando adequadamente para as provas da Fuvest. "A vantagem é que ainda assim existem boas faculdades com vestibular agora, e quem passa adianta a vida em um semestre. O cursinho dá uma sensação de estagnação, então isso para mim é uma supervantagem."
Para Vivian, a concorrência no meio do ano também é menor. "Isso é bom porque a lista de espera anda mais rápido", afirma.
Professores e coordenadores também apontam aspectos positivos e negativos. O professor do Cursinho da Poli Edson Futema diz acreditar que o nível de dificuldade do exame no meio do ano não é menor. O que muda é o domínio que o candidato tem do programa das provas. "A desvantagem é se o estudante ainda não tem esse domínio, mas, para quem quer arriscar, acho que convém [fazer exames agora]."
Segundo o coordenador de história do Objetivo, Francisco Alves da Silva, o vestibular de inverno não é um bom negócio para quem quer só "ganhar experiência" para o final do ano. De acordo com ele, se for apenas como treino para direito na USP, por exemplo, é melhor o estudante resolver simulados da Fuvest do que fazer vestibular para o mesmo curso em outra instituição. Com o simulado, treina-se também o estilo do exame.
Silva também afirma que, para as pessoas que escolheram como primeira opção cursos ou instituições que não são oferecidas agora, o melhor é esperar os processos seletivos do final do ano.


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