São Paulo, terça-feira, 17 de abril de 2007

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PAN - Rio 2007

O surgimento dos Jogos

Ataque a Pearl Harbor e entrada dos EUA na 2ª Guerra Mundial causam primeiro adiamento da estréia da competição que reuniria a elite esportiva das Américas, na Argentina, em 1942

DA REPORTAGEM LOCAL

Foram necessárias quase duas décadas para vingar a idéia de um evento para a elite americana do esporte.
Durante a Olimpíada de Los Angeles, em 1932, ganhou força entre dirigentes a vontade de fazer um torneio continental.
A inspiração era o sucesso dos Jogos Centro-Americanos e do Caribe, inaugurados em 1926, no México, e cuja segunda edição, em Havana, quatro anos depois, já contava com a participação de oito países.
Foram os mexicanos, aliás, que sugeriram a criação de uma entidade para cuidar do esporte no continente, mas a proposta não foi adiante.
No entanto, a idéia de promover o novo evento foi abraçada pelo presidente do Comitê Olímpico dos EUA, Avery Brundage, que escalou Dallas para ser a primeira sede.
A cidade texana organizou a disputa em 1933. A competição, no entanto, não é reconhecida pela Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana).
De fato, faltou representatividade. Dallas recebeu atletas de somente nove países. E boa parte das despesas teve que ser bancada pelos organizadores.
Novo encontro da cartolagem ocorreu em 1940, desta vez na Argentina, que ofereceu Buenos Aires como sede da primeira edição do Pan, a ser realizada dois anos depois. E finalmente foi criado o Comitê Olímpico Pan-Americano, embrião da Odepa. Brundage foi eleito seu primeiro presidente.
Motivo distante das quadras e pistas acarretou novo adiamento do evento continental: o ataque japonês a Pearl Harbor, em 1941, e a entrada dos EUA na 2ª Guerra Mundial.
Com o fim do conflito em 1945, os Jogos foram reprogramados para o ano seguinte, mas não foram realizados.
Durante a Olimpíada de Londres, em 1948, a primeira do pós-guerra, a edição inicial do Pan foi marcada para 1951. Buenos Aires preservou o direito de abrigar a competição.
Mais de 55 anos depois, o Rio abrigará, de 13 a 29 de julho, a 15ª edição do Pan. O Brasil já havia organizado a competição em 1963. São Paulo foi o palco.
A cidade também iria receber a edição de 1975, que foi transferida para o México.
Em mais de meio século de história, o Pan viu surgirem astros e recordes mundiais serem batidos, mas também conviveu com muitas histórias curiosas e folclóricas de competidores da periferia do mundo olímpico.
Após 14 edições, os EUA dominam o quadro de medalhas, com quase 3.700 pódios. O Brasil é o quinto, com 60 ouros a menos do que a Argentina.
É um pouco dessa história que o leitor encontrará nas próximas páginas deste caderno e dos quatro outros programados até o Pan do Rio.


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