São Paulo, terça-feira, 17 de abril de 2007

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PAN - Rio 2007

Buenos Aires - 1951

Propaganda política, problemas de organização e falhas da arbitragem marcam evento

DA REPORTAGEM LOCAL

O 1º Pan começou sob o foco do inusitado. Para compensar os atletas após a exaustiva festa de abertura, que teve a presença do presidente da Argentina, Juan Domingo Perón, os organizadores adiaram o início dos Jogos em um dia. Com isso, a competição ocorreu de 25 de fevereiro a 8 de março.
Sem verba, os EUA não tiveram força máxima. O caminho ficou livre para a Argentina dominar o quadro de medalhas.
O clima de euforia, porém, não resistiu às falhas. No boxe as reclamações foram generalizadas contra a arbitragem, integrada só por argentinos. Invariavelmente, favorecia os pugilistas de casa -os anfitriões arrebataram todos os títulos.
Muito contestada pelo Brasil foi a derrota do médio Paulo Sacoman, que depois cumpriria boa carreira profissional.
Confusão maior ocorreu na vela, cujas provas haviam sido canceladas. Mas Brasil e Chile, que não foram avisados a tempo, apareceram para competir. Diante disso, foram promovidas disputas na star e na snipe.
O destaque nacional foi o nadador Tetsuo Okamoto, ouro nos 400 m e 1.500 m livre. Em 1952, levou o bronze olímpico.
Adhemar Ferreira da Silva venceu o salto triplo um ano antes de ganhar o primeiro de seus dois ouros olímpicos. Outro futuro bicampeão brilhou. Robert Richard (EUA), professor de teologia e apelidado de "Vigário Voador", venceu o salto com vara -repetiu o feito nas Olimpíadas de 1952 e 1956.


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