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VARGAS INICIA CASAMENTO COM FUTEBOL
DA REPORTAGEM LOCAL
O fim da República Velha
fez a política e o futebol se
aproximarem no Brasil.
Na sua segunda Copa, disputada na Itália, a seleção
brasileira teve como chefe
da delegação Lourival Fontes, um dos mais próximos
colaboradores de Getúlio
Vargas. O próprio presidente tratou de colocar o futebol dentro do palácio de governo -à época, a capital do
país era no Rio de Janeiro.
Antes do embarque para a
Itália, ele recebeu a delegação. Em discurso, afirmou
que "a missão [do time na
Copa da Itália] não era somente de caráter esportivo,
mas envolvia o desempenho de um dever cívico".
Mas Vargas não foi capaz
de pacificar outra grande
disputa no mundo do futebol brasileiro, desta vez envolvendo cartolas favoráveis e contra a introdução
do profissionalismo na modalidade. O desencontro era
tamanho que os responsáveis pela montagem do
elenco não conseguiram
reunir todos os nomes desejados, a ponto de a equipe
viajar com apenas 17 jogadores para a Europa.
O resultado foi outra performance medíocre no
Mundial, eliminação logo
na estreia, e a chance perdida para Vargas faturar politicamente com o esporte
que já mexia com o coração
dos brasileiros.
(PC)
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