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MAIORES
Inpar e Lopes sobem ao topo do pódio com empreendimentos Formule 1, Ibis e Caesar
Hotelaria alavanca os comerciais
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A Inpar conquistou o primeiro
lugar tanto no ranking de "maiores incorporadoras" como no de
"maiores construtoras", na categoria comerciais (escritórios, flats
e hotéis), e abriu larga vantagem
sobre a segunda colocada, a Cyrela. Também com
números expressivos, a Lopes foi
a que mais vendeu, seguida de
Coelho da Fonseca e Abyara.
Marco Parizotto, 39, vice-presidente de incorporação, afirma
que a empresa ficou na liderança
"mesmo com poucos lançamentos", que aconteceram na área hoteleira. "Apostamos nos hotéis supereconômicos, que desenvolvemos em parceria com a Accor."
Assim, surgirá um empreendimento com a bandeira Ibis nas
proximidades do shopping Morumbi (zona oeste de São Paulo),
com 376 unidades. Do Formule 1,
estão sendo vendidos outros 378
apartamentos na mesma região.
Em 2003, foram também entregues 399 unidades do Formule 1
da rua da Consolação, em maio, e
236 do Ibis Paulista, em agosto.
Além desse filão, a Inpar também disparou na liderança por ter
entregue, entre novembro de
2000 e outubro de 2003, 3.375 unidades de outras marcas hoteleiras, sobretudo do grupo Caesar.
O último grande investimento
da empresa em escritórios foi o
"triple A" (altíssimo padrão) Torres Empresariais do Ibirapuera,
em outubro de 2002, lançado na
avenida Ibirapuera (zona oeste).
A Lopes, campeã de vendas,
endossa que a hotelaria alavancou
o desempenho dos comerciais.
"Os lançamentos de maior sucesso foram mesmo os da Inpar",
sustenta Tomás Salles, 53, diretor.
Apesar disso, há quem diga que
a hotelaria econômica atingiu um
ponto de saturação em São Paulo.
É essa a opinião da consultoria
Amaral d'Avila Engenharia de
Avaliações, por exemplo.
"Muitos empreendimentos ficaram prontos em 2003", afirma o
sócio-diretor Celso Amaral, 44.
"A cidade está bem servida.
Atualmente, os investimentos
são mínimos e só valem a pena
em nichos específicos", diz.
Salles, da Lopes, diz que "há espaço para surgimento de salas comerciais, mas o momento não é
propício para apostar em hotelaria. A demanda está atendida".
Pesquisa realizada pela consultoria BSH Travel Research dá a dimensão do crescimento do número de hotéis econômicos no
Brasil: de 1994 a 1999, houve uma
elevação de 400% -de 320 unidades para 1.601. De 1999 a maio
de 2004, um novo salto, de 490%.
Hoje há 9.452 apartamentos.
Escritórios
Especialistas ponderam que
2003 foi o ano da concentração de
lançamentos de escritórios na
Nova Faria Lima (zona oeste de
São Paulo). "O maior volume entregue foi o de empreendimentos
de alto padrão, seis deles nesse eixo", diz Anne Oliveira, 28, gerente
de pesquisa da consultoria especializada Jones Lang LaSalle.
Só que, de acordo com a consultoria, a região ainda perde em
quantidade acumulada para a
Luís Carlos Berrini (zona oeste),
outro grande núcleo de lançamentos desse tipo de imóvel. Os
números da LaSalle mostram que
foram entregues na cidade, em
2003, 160.000 m2 de comerciais tipo AA (altíssimo padrão), 65.000
m2, do tipo A (alto padrão), 50.000
m2, do B (padrão médio), e 26.000
m2, do C (padrão inferior).
Há a perspectiva de que os dois
pólos se revezem no topo dos
mais concorridos. "O ano de 2004
será da Berrini", aposta Oliveira.
"Há muitos projetos para serem
entregues por ali", justifica.
A Inpar pondera que esse mercado já "está bem atendido". "Há
bastante oferta", afirma Parizotto.
"Não temos planejamento de comerciais a curto prazo", diz.
Para Amaral, o mercado de comerciais enseja um processo lento de recuperação. "Em 2002 houve queda acentuada, o Brasil parou na pré-eleição", argumenta.
"Empresas de internet quebraram, e houve a crise de energia.
Em 2003, os preços de locação de
escritórios se recuperaram, mas a
vacância continua alta até hoje."
Quem enfrentou a pior crise,
diz, foram os de alto padrão.
"Nesse segmento, houve paralisação. Sua vacância só será regularizada em dois ou três anos."
(EV)
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