São Paulo, sexta-feira, 18 de junho de 2004

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DURANTE

Profissional ganhou nota 7,9; reclamação principal dos clientes é a "falta de clareza"

Corretor passa, mas atendimento é falho

DA REDAÇÃO

Definido qual apartamento será comprado, começa a etapa burocrática da negociação. É hora de detalhar propostas com o corretor, estudar cláusulas contratuais e consultar advogados -tudo para "amarrar" bem a transação.
De acordo com a pesquisa Da- tafolha, o profissional que acompanha de perto essa etapa -o corretor- é bem avaliado. A nota média que recebeu foi 7,9.
Parte significativa (29%), contudo, não cumpriu o papel de esclarecer todas as dúvidas contratuais dos compradores.
Apesar da falha, o presidente do Creci-SP (conselho de corretores), José Augusto Viana Neto, avalia que o resultado foi positivo. Um dos motivos, segundo ele, é a maior valorização da atividade. "Antigamente, quem perdia o emprego ou não sabia o que fazer virava corretor. Hoje, as pessoas seguem a carreira por opção."
Um cuidado simples que pode evitar dor de cabeça futura é guardar panfletos publicitários que descrevam como será o apartamento comprado na planta. A maioria (74%) toma a precaução.
"É importantíssimo", diz Sérgio Herrera, presidente da Abami (Associação de Advogados do Mercado Imobiliário). "Se determinada característica que estava no panfleto não estiver no memorial descritivo, o cliente pode pedir redução no valor a pagar."

Problemas
Ainda durante a negociação, 7% dos pesquisados tiveram problemas com a imobiliária. Desses, 21% reclamaram do mau atendimento, 12% criticaram a demora nas chaves, apesar de não ser responsabilidade dela, e 10% tiveram problemas com documentos.
Quando acionadas para resolver os casos, as imobiliárias foram reprovadas. A nota média para o atendimento recebido foi 4,4. A avaliação mais recorrente foi zero (23% dos casos). No extremo oposto, só 6% deram nota dez.
"Para evitar esse tipo de coisa, não pode haver funcionários desinformados dentro da empresa. Todos têm de saber dar informações sobre os empreendimentos", afirma Otávio Lapenta, gerente de marketing da Triumpho, que, segundo ele, tem quatro gerentes para o atendimento pós-venda.
Para não depender só da imobiliária, 46% dos entrevistados pelo Datafolha buscaram advogados. "É um número muito baixo", pondera o advogado Flávio Gonzaga, sócio do Machado, Meyer, Sendacz e Opice. Segundo ele, os honorários para a assessoria vão de 1% a 2% do valor da transação.
Para escolher um profissional especializado no setor imobiliário, ele recomenda que o comprador peça indicações a amigos ou consulte a Mesa de Debates de Direito Imobiliário (tel. 0/xx/11/ 3038-1000). As imobiliárias também costumam ter advogados à disposição. (RE E RGV)


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