São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 2011 |
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Genética cria supertouro para arenas Animais têm alimentação balanceada, cuidados especiais e praticam natação DE RIBEIRÃO PRETO Cruzamentos genéticos e clonagens, assuntos que aparentemente passavam longe do rodeio, se transformaram cada vez mais nos últimos anos em algo comum nas conversas entre tropeiros -donos de boiadas- e peões. Os touros estão cada vez mais fortes e ágeis, graças ao avanço da ciência no mundo country, e passaram a ter alimentação balanceada, cuidados veterinários e até a praticar natação. Com isso, chegam a pesar mais de uma tonelada -contra 800 kg, no máximo, até o final da década passada-, prolongam a carreira e preocupam os competidores. Um dos precursores é o tropeiro Paulo Emilio Marques, dono do touro Bandido, o mais temido do país, morto há dois anos. Ele cria três clones do touro e terá em Barretos 20 animais com esse perfil -inclusive com atendimento de hospital veterinário. Hoje, raças como marchigiana, nelore e simental estão entre as mais usadas -e mais cruzadas pelos proprietários- nas arenas do país. "Nelore com simental é o cruzamento mais usado. Mas o marchigiana é muito bom também", disse Marques. Dados do Conselho Nacional de Pecuária de Corte indicam que o marchigiana ganha peso rápido e tem alto desenvolvimento de massa. Já o simental, que pesa em média 1.050 kg e cresce rápido, tem boa musculatura e sem tendência a acumular excesso de gordura. O nelore é caracterizado por ter ossos finos e leves. O tropeiro Humberto Francisco Nucci disse preferir cruzar nelore com marchigiana. "Sai uma máquina de pulo. Quando sai um animal bom, ele aguenta por muitos anos. Faz seis anos que iniciei o selecionamento de animais. Se não vai bem, já tiro e ponho outro." (MT) Texto Anterior: Barretos 2011 Arena promete ter um embate acirrado Próximo Texto: Boi lesionado agora vai para o hospital Índice | Comunicar Erros |
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