Maioria acha a especialização muito útil para o trabalho e aprova aprendizado de gestão

EDUARDO CAMPOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A consolidação do MBA (Master in Business Administration) como especialização para gestores multiplicou o número de cursos nos últimos anos. Hoje, porém, efeitos da crise dividem o candidato: o resultado sobre o desempenho compensa o investimento?
Ex-alunos respondem: 79% acharam o curso útil ou muito útil, 87% se satisfizeram com o aprendizado de gestão, 40% tiveram aumento de salário e 37% foram promovidos, aponta pesquisa Datafolha realizada em agosto com 200 profissionais que terminaram o MBA há até três anos.
"É comum que as pessoas tenham expectativas muito grandes", afirma Francisco Ramirez, 63, consultor e professor de gestão de pessoas do Insper (ex-Ibmec-SP).
Para ele, resultados que aparentemente indicam fracasso -como 31% estarem pouco satisfeitos ou insatisfeitos quanto à obtenção de aumento de salário -podem representar uma percepção equivocada dos profissionais.
"As pessoas estão cada vez mais desejosas de crescer muito rapidamente nas empresas. O curso traz mais valor ao profissional, mas nem sempre convites surgem logo depois", diz. Consultores completam que a crise iniciada no último trimestre de 2008 também pode ter afetado resultados relativos a aumentos e promoções.

Perfil do aluno
Essa pressa também foi medida por outra parte da pesquisa. Apesar de terem esperado, em média, oito anos entre a formatura e o MBA, os entrevistados acham que o ideal seria fazê-lo em até cinco.
"Oito anos é um intervalo adequado. Talvez haja ansiedade para atingir um patamar mais alto", analisa Adalberto Fischmann, 63, secretário-executivo da Anamba (Associação Nacional de MBA), entidade que congrega escolas do setor.
Confira, nesta edição, como ex-alunos avaliam os efeitos do MBA em seu desempenho profissional, tanto na empresa como no mercado.

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