São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 2011

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Independência e profissionalização nortearam sócios

DE SÃO PAULO

Numa sexta-feira, 13 de agosto de 1962, Octavio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho compraram a Folha. Em 24 anos, fizeram do jornal o maior do país graças a uma política de independência e pluralismo -formulada por Frias- e ao arrojo que trouxeram a uma empresa que, apesar dos percalços, já tinha um produto promissor.
Olival Costa (1876-1932) foi um dos fundadores da "Folha da Noite" Obcecado por técnicas de gestão, José Nabantino Ramos, que dirigiu o jornal de 1945 a 1962, incentivou a profissionalização jornalística e amealhou circulação e visibilidade para a Folha de S.Paulo, título sob o qual reuniu em 1960 as Folhas da Tarde, da Noite e da Manhã.
Os dois últimos jornais haviam sido fundados em 1921 e 1925, respectivamente, por jornalistas liderados por Pedro Cunha e, principalmente, Olival Costa.
Foi Costa quem, à frente da Redação, conquistou os trabalhadores urbanos --muitos deles imigrantes-- com um jornal leve, informativo, independente e crítico.
Depredada em 1930, a empresa foi comprada em 1931 pelo fazendeiro Octaviano Alves de Lima e, por um breve período, alinhou-se aos proprietários agrícolas.
As biografias dos donos da Folha têm semelhanças, como a infância difícil, o interesse pela carreira jurídica, o enriquecimento pela persistência e a austeridade.
Frias, porém, tinha o registro mental do empreendedor: a ambição de triunfar e o destemor pelo risco.
A partir dos anos 1980, transferiu a operação executiva para os filhos Luiz e Otavio, mas continuou a supervisionar os negócios, aprovar editoriais e receber visitantes até 2006. Morreu em 27 de abril de 2007, aos 94 anos.


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