São Paulo, domingo, 19 de junho de 2011

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Doações ou invasões provocam diminuição dos espaços verdes

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO


A doação ou invasão de áreas institucionais provoca a diminuição da vegetação em Ribeirão Preto. Essa é a conclusão do Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente), do Ministério Público.
Um exemplo considerado emblemático pelo órgão está na zona oeste: a maior praça do Jardim Cidade Universitária foi invadida e transformada em favela.
O local foi urbanizado com autorização judicial -entretanto, o sistema viário permaneceu como estava e há ruas sem tráfego.
Além de terem ficado sem sua maior praça, os moradores perderam duas áreas institucionais numa região próxima, no Valentina Figueiredo, doadas para empresas.
Para o Gaema, seria mais lógico destinar as áreas para receber a população favelada num bairro planejado, removendo as famílias da área verde da Cidade Universitária.
A atuação do Gaema beneficiou a City Ribeirão: todas as áreas institucionais daquele bairro foram doadas pelo ex-prefeito Luiz Roberto Jábali (PSDB) para associações. A Promotoria interveio e conseguiu, na Justiça, a devolução das áreas.
Em outro bairro nobre, na Nova Ribeirânia, a prefeitura doou áreas institucionais para associações. Os fóruns Estadual e Trabalhista foram construídos em áreas verdes, segundo a Promotoria.
A assessoria da Secretaria Municipal do Meio Ambiente se manifestou afirmando que não encontrou a secretária Mariel Silvestre. A reportagem tentou entrar em contato com a secretária por celular, sem sucesso.
Segundo a Folha apurou, houve inclusive a tentativa da subsecção em Ribeirão da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em transformar uma praça, localizada ao lado do Ministério Público, em estacionamento exclusivo aos advogados.
O projeto foi barrado após reunião entre a OAB, Promotoria e juízes. (GY)


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