São Paulo, domingo, 19 de junho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

155 anos

Restauro do Pedro 2º encontrou raridade

Decorações originais do teatro foram achadas durante as reformas

Com uma pequena amostra, foi refeita a pintura artística que emoldurava o corredor dos banheiros

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO


Um pequeno tesouro em meio ao que parecia estar destruído. Depois do incêndio na década de 1980 e de um abandono de 11 anos, o Theatro Pedro 2º ainda guardou sua pintura artística original nas paredes, o que norteou a equipe que trabalhou no restauro, em 1991.
De acordo com Valéria Mussolin, autora da dissertação de mestrado "Análise Histórica de um Patrimônio: O Theatro Pedro II", defendida na Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), as pinturas nas paredes foram os únicos remanescentes originais do teatro.
"Quando houve o restauro, encontraram essas pinturas, que se mantiveram intactas", afirmou Valéria.
O engenheiro responsável pela reforma e atual diretor administrativo da Fundação Dom Pedro 2º, José Arthur Damião Jaquinta, disse que parte das pinturas artísticas foi encontrada depois de um processo de decapagem realizado no prédio.
"Em uma pequena área da parede, localizada perto dos banheiros, encontramos essas pinturas. Isso aconteceu quando o restauro já estava em sua fase final", afirmou Jaquinta.
Com uma pequena amostra do que foi encontrado, foi possível que os profissionais refizessem a pintura artística, que emoldura os corredores dessa região do teatro.
"Foram mantidas as cores utilizadas na construção original. Depois de uma pesquisa, a pintura foi refeita como na sua originalidade", afirmou o engenheiro.

RESGATE
As obras de restauro do Theatro Pedro 2º levaram cinco anos, de acordo com a Fundação Dom Pedro 2º.
Na ocasião, uma equipe de dez especialistas, vindos das cidades mineiras de Ouro Preto e Belo Horizonte, pesquisou as plantas do projeto da construção original do teatro, que hoje tem 81 anos.
Fotos e até entrevistas com antigos moradores de Ribeirão Preto serviram como base para que fossem levantadas informações suficientes para o restauro do espaço.
Na Sala dos Espelhos, os profissionais descobriram o que é considerada raridade arquitetônica: a extinta técnica do "spolvero", uma pintura decorativa, em todo o entorno da sala. (GABRIELA YAMADA)


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: História no divã
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.