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Públicas top têm seleção mais disputada que USP
Escolas de aplicação de universidades são as melhores da rede oficial
Colégio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro tem disputa por vaga superior a do curso de medicina da USP
DE BRASÍLIA
DO RIO
DE SÃO PAULO
DA AGÊNCIA FOLHA
Espremidas entre colégios
particulares, duas escolas
públicas aparecem na lista
das 20 melhores do país. Ambas são ligadas a universidades e a disputa por suas vagas é maior do que na Fuvest.
No colégio de aplicação da
Universidade Federal de Viçosa (MG) -o melhor público
do país e 7º no geral-, cada
vaga é disputada por 13 alunos, concorrência da engenharia-USP. Os docentes trabalham só na escola e escolhem as metodologias; há aulas práticas em laboratórios.
No colégio de aplicação da
Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, o segundo público do país, a seleção é
mais acirrada que para medicina na USP. Na escola do
Rio, mais de 5.000 se inscreveram para o sorteio de 60
vagas (disputa de 42 e 83 por
vaga, respectivamente).
Quase todos os professores têm mestrado e doutorado e ganham como docente
universitário. Os estudantes
também contam com atividades extras, como artes, fora
do horário normal de aulas.
Além de escolas ligadas a
universidades, aparecem na
lista das melhores do país escolas técnicas federais e estaduais. Em São Paulo, o melhor colégio público foi o instituto técnico federal.
No país, a mais bem classificada escola pública "convencional" (sem seleção de
alunos) apareceu na 729ª posição geral, superada por 73
colégios públicos de elite. Ela
fica em Posse (GO).
Para educadores, condições presentes nas escolas
técnicas ou colégios de aplicação poderiam ser expandidas para o restante do sistema público, que não seleciona alunos -pesquisas mostram que a condição social e
familiar do aluno é o principal fator que explica seu desempenho em avaliação.
Professor da Faculdade de
Educação da UnB, Remi Castioni diz que poderia ser replicado o modelo em que o
aluno aplica os conhecimentos em aulas práticas.
A diretora do Centro Paula
Souza (responsável pelas escolas técnicas paulistas),
Laura Laganá, sugere a ampliação da carga horária e um
currículo com atividades
profissionalizantes (como informática). "O currículo precisa atrair o aluno. Hoje, isso
é difícil."
(AP, AG, FT E ELIDA OLIVEIRA)
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