São Paulo, segunda-feira, 19 de julho de 2010

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Públicas top têm seleção mais disputada que USP

Escolas de aplicação de universidades são as melhores da rede oficial

Colégio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro tem disputa por vaga superior a do curso de medicina da USP

DE BRASÍLIA
DO RIO
DE SÃO PAULO
DA AGÊNCIA FOLHA

Espremidas entre colégios particulares, duas escolas públicas aparecem na lista das 20 melhores do país. Ambas são ligadas a universidades e a disputa por suas vagas é maior do que na Fuvest.
No colégio de aplicação da Universidade Federal de Viçosa (MG) -o melhor público do país e 7º no geral-, cada vaga é disputada por 13 alunos, concorrência da engenharia-USP. Os docentes trabalham só na escola e escolhem as metodologias; há aulas práticas em laboratórios.
No colégio de aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o segundo público do país, a seleção é mais acirrada que para medicina na USP. Na escola do Rio, mais de 5.000 se inscreveram para o sorteio de 60 vagas (disputa de 42 e 83 por vaga, respectivamente).
Quase todos os professores têm mestrado e doutorado e ganham como docente universitário. Os estudantes também contam com atividades extras, como artes, fora do horário normal de aulas.
Além de escolas ligadas a universidades, aparecem na lista das melhores do país escolas técnicas federais e estaduais. Em São Paulo, o melhor colégio público foi o instituto técnico federal.
No país, a mais bem classificada escola pública "convencional" (sem seleção de alunos) apareceu na 729ª posição geral, superada por 73 colégios públicos de elite. Ela fica em Posse (GO).
Para educadores, condições presentes nas escolas técnicas ou colégios de aplicação poderiam ser expandidas para o restante do sistema público, que não seleciona alunos -pesquisas mostram que a condição social e familiar do aluno é o principal fator que explica seu desempenho em avaliação.
Professor da Faculdade de Educação da UnB, Remi Castioni diz que poderia ser replicado o modelo em que o aluno aplica os conhecimentos em aulas práticas.
A diretora do Centro Paula Souza (responsável pelas escolas técnicas paulistas), Laura Laganá, sugere a ampliação da carga horária e um currículo com atividades profissionalizantes (como informática). "O currículo precisa atrair o aluno. Hoje, isso é difícil."
(AP, AG, FT E ELIDA OLIVEIRA)


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