São Paulo, segunda-feira, 19 de julho de 2010

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Comparar desempenho de pública e privada é injusto, diz secretária

DE BRASÍLIA

A secretária de Educação Básica do Ministério da Educação defende ser injusto comparar o desempenho no Enem das escolas públicas e particulares, por receberem alunos com perfis socioeconômicos distintos.
"Não é pelo fato de ser particular [que a escola está no topo]. É preciso pensar quem essas particulares estão atendendo, qual a bagagem que esses meninos trazem", afirma Maria do Pilar Lacerda.
Pesquisas mostram que filhos de pais com maior escolaridade tendem a ter desempenho melhor no colégio.
Em relação às escolas de aplicação e técnicas, que ocupam os primeiros lugares entre as públicas, a secretária diz que o maior diferencial é a condição de trabalho dos professores.
No caso das primeiras, eles têm a vantagem de ser ligados a uma universidade.
E, em ambos os casos, geralmente costumam trabalhar em apenas um colégio, o que permite mais dedicação.
De acordo com o censo escolar de 2009, 16% dos professores de ensino médio dão aula em mais de um estabelecimento. A secretária afirma, ainda, que entre os demais há os que têm empregos em outras áreas. "É necessário tornar a carreira do professor atrativa o suficiente para que ele possa ter dedicação integral à escola", afirma ela.
Ela diz que o MEC trabalhou nessa direção ao, por exemplo, instituir o piso salarial do professor (R$ 1.024 para 40 horas semanais).


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