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Colégio estadual atrai alunos da rede particular
CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Até alunos vindos de colégios particulares da região
tentam vaga na Escola Estadual Prof. José Monteiro Boanova, no Alto da Lapa (zona
oeste), a melhor estadual da
cidade de São Paulo, sem
contar as técnicas e de aplicação. No ranking de todas
do município, está em 202º.
A diretora Marili Vieira diz
que aceita todo mundo -embora quem venha de outras
escolas públicas tenha prioridade- até que o limite de
40 vagas por sala de aula seja
preenchido. A escola tem cerca de 800 estudantes.
Para ela, o diferencial dessa escola da década de 30 é o
quadro de professores -80%
efetivos (em toda a rede estadual, praticamente metade é
de professores temporários),
muitos dos quais há dez anos
ali. Dos 50 professores da escola, cerca de 30 dão aula exclusivamente lá.
As turmas costumam se
manter as mesmas desde o 6º
ano do ensino fundamental e
os alunos costumam ficar até
o vestibular. "A professora
conhece o aluno desde o 6º
ano. Quando chega ao último ano do ensino médio,
existe uma boa relação entre
os dois, que garante uma
continuidade no aprendizado", diz Marili.
Ela também elogia os alunos, que vêm, principalmente, de bairros mais distantes
da região, como Jaguaré e Pirituba, e até de Osasco, município vizinho. "São bons,
interessados". Graças a esse
interesse, ela diz que o fato
de sempre ocorrer alguma
adesão dos professores do
colégio quando há greve "só
prejudica um pouco".
Os alunos de 3º ano têm
aulas das 7h às 12h20 e alguns participam voluntariamente de grupos de estudos
durante a tarde. Segundo a
diretora, um terço dos alunos
entrou em universidades públicas em 2009.
Problemas estruturais do
prédio foram os únicos apontados pela diretora. A escola
tem laboratório de informática e de biologia, além de sala
de vídeo e uma biblioteca.
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