|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Só Enem não basta para escolher colégio, dizem educadores
Perfil da família e do aluno, projeto pedagógico e modo como escola avalia os alunos são pontos importantes
Professor lembra ainda que as médias das primeiras colocadas
são muito próximas umas das outras
FABIANA REWALD
DE SÃO PAULO
A classificação das escolas
no Enem é um dos critérios
que costumam ser usados na
hora de escolher um colégio.
Mas não deve ser o único
nem o principal critério, de
acordo com educadores.
Ocimar Munhoz Alavarse,
professor da Faculdade de
Educação da USP, lembra
que as médias obtidas pelas
primeiras colocadas são muito próximas umas das outras.
Além disso, o resultado de
cada escola é dado com base
na média das notas dos alunos que participaram do exame. Ou seja, nem todos obtiveram aquele bom resultado.
Para a psicopedagoga Maria Irene Maluf, o peso dado à
nota no Enem na escolha de
um colégio de ensino médio
deve ser de 10%. Os outros
90% devem se basear nas características da família e do
estudante e nos objetivos que
se tem para ele.
Não adianta o adolescente
estudar em um colégio rígido
demais se em casa ele tem
uma educação mais liberal.
Os pais não podem querer
viajar com os filhos sempre
aos finais de semana se a escola demanda muito tempo
de estudo em casa.
Por isso, a proposta pedagógica deve estar de acordo
com os valores da família.
AVALIAÇÃO
Saber como os estudantes
são avaliados também é importante. Há alunos que se
saem melhor em provas
orais, outros precisam ter a
chance de fazer recuperação
ao final do bimestre e há também aqueles que não se dão
bem em trabalhos de grupo.
A formação dos professores é algo essencial. Além de
checar se o docente tem curso superior e pós, é bom saber se dar aulas é a paixão dele ou um bico enquanto não
arranja outro emprego.
Qualidade do material didático, estrutura, localização
e a mensalidade são outros
pontos importantes.
Além disso, a vontade do
estudante também não pode
ser deixada de lado. "Se a escolha é só dos pais, o aluno
não vai se comprometer", diz
Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
Texto Anterior: Além do Enem Próximo Texto: Análise: Ranking baseado no Enem: informações e limitações Índice
|