São Paulo, domingo, 19 de setembro de 2010

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Nanotecnologia contribui para áreas como medicina

Multidisciplinaridade é característica comum na PUC-Rio, na UFRJ e na UFRGS

GERMANO ASSAD
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nanociência é a habilidade de manipular matéria em nível atômico e molecular.
De conceber produtos com propriedades diferenciadas, seja no tamanho, na potência, na condução térmica e elétrica ou ainda na resistência a radiações e micro-organismos indesejados.
"A nanotecnologia afetará todos os setores, e não com um único produto, mas com todos. É uma das trilhas que o mundo vai seguir", diz Marco Aurélio Pacheco, coordenador do curso que será oferecido na PUC-Rio pela primeira vez, em 2011
. O campo de atuação é grande, diz Pacheco. "Alumínio, cimento, agronegócio, medicina, energia e outros diversos segmentos vão absorver essa mão de obra."
Formado em química, mas atuando na área de nanociência, Luciano Montoro, 33, acredita que quem optar pelo curso de nanotecnologia deve ficar alerta.
"O nanotecnólogo não é físico nem químico, ele é as duas coisas. E, dependendo da aplicação do trabalho, ele vira um engenheiro. O curso específico pode ajudar, mas o profissional vai precisar de experiência prática ou formação complementar para atuar na área."
Montoro analisa soluções e material em escalas nanométricas (1 nanômetro equivale à bilionésima parte do metro) no LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia).

MULTIDISCIPLINAR
A multidisciplinaridade é comum às graduações da PUC-Rio, da UFRJ (federal do Rio) e da UFRGS (federal do Rio Grande do Sul). "São dois anos de disciplinas generalistas para depois optar por uma ênfase, em física, materiais ou bionanotecnologia", diz Renata Simão, coordenadora do curso da UFRJ.
Bruno Cruz, 19, aluno da primeira turma da UFRJ, estudou as disciplinas do curso antes de prestar o vestibular.
"A grade curricular é puxada, mas excelente."
Ele afirma que a possibilidade de estágio em empresas parceiras da universidade também o anima.
"É uma área nova, repleta de desafios. Os que têm paixão por ciência e vibram com a solução de problemas são perfeitos para o trabalho", diz o físico Jefferson Bettini, 38, do LNLS. "As habilidades técnicas podem ser desenvolvidas com o tempo."

FOLHA.com
Ouça entrevista com o físico Jefferson Bettini
folha.com.br/mm797973


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