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Nanotecnologia contribui para áreas como medicina
Multidisciplinaridade é característica comum na PUC-Rio, na UFRJ e na UFRGS
GERMANO ASSAD
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Nanociência é a habilidade de manipular matéria em
nível atômico e molecular.
De conceber produtos com
propriedades diferenciadas,
seja no tamanho, na potência, na condução térmica e
elétrica ou ainda na resistência a radiações e micro-organismos indesejados.
"A nanotecnologia afetará
todos os setores, e não com
um único produto, mas com
todos. É uma das trilhas que
o mundo vai seguir", diz Marco Aurélio Pacheco, coordenador do curso que será oferecido na PUC-Rio pela primeira vez, em 2011
.
O campo de atuação é
grande, diz Pacheco. "Alumínio, cimento, agronegócio,
medicina, energia e outros
diversos segmentos vão absorver essa mão de obra."
Formado em química, mas
atuando na área de nanociência, Luciano Montoro,
33, acredita que quem optar
pelo curso de nanotecnologia deve ficar alerta.
"O nanotecnólogo não é físico nem químico, ele é as
duas coisas. E, dependendo
da aplicação do trabalho, ele
vira um engenheiro. O curso
específico pode ajudar, mas
o profissional vai precisar de
experiência prática ou formação complementar para
atuar na área."
Montoro analisa soluções
e material em escalas nanométricas (1 nanômetro equivale à bilionésima parte do
metro) no LNLS (Laboratório
Nacional de Luz Síncrotron,
ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia).
MULTIDISCIPLINAR
A multidisciplinaridade é
comum às graduações da
PUC-Rio, da UFRJ (federal do
Rio) e da UFRGS (federal do
Rio Grande do Sul). "São dois
anos de disciplinas generalistas para depois optar por
uma ênfase, em física, materiais ou bionanotecnologia",
diz Renata Simão, coordenadora do curso da UFRJ.
Bruno Cruz, 19, aluno da
primeira turma da UFRJ, estudou as disciplinas do curso
antes de prestar o vestibular.
"A grade curricular é puxada, mas excelente."
Ele afirma que a possibilidade de estágio em empresas
parceiras da universidade
também o anima.
"É uma área nova, repleta
de desafios. Os que têm paixão por ciência e vibram com
a solução de problemas são
perfeitos para o trabalho",
diz o físico Jefferson Bettini,
38, do LNLS. "As habilidades
técnicas podem ser desenvolvidas com o tempo."
FOLHA.com
Ouça entrevista com o
físico Jefferson Bettini
folha.com.br/mm797973
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