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Demanda por biotecnólogo é crescente
Clonagem e biocombustíveis estão entre os temas estudados no curso
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se você vive discutindo
questões polêmicas, como
clonagem, energias renováveis e combustíveis não poluentes, a graduação em biotecnologia deve ser vista como uma boa opção.
O biotecnólogo é o cientista que manipula e recombina
os genes de diversos organismos. Dessa forma, torna-se
capaz de criar substâncias
com propriedades inéditas,
que acabam beneficiando a
agricultura, a medicina e outros segmentos.
O profissional pode pesquisar novos medicamentos,
vacinas, alimentos e insumos agrícolas. Outra opção é
a ciência de aplicação, que
utiliza o conhecimento científico no dia a dia de trabalho.
Laboratórios de análise clínica são um exemplo de local
onde ele pode atuar.
Apesar de ser formado em
engenharia agronômica, Elíbio Rech, 53, trabalha na área
há mais de 20 anos. Pesquisador do Cenargen (Centro
Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos e Biotecnologia), ele modifica estruturas genéticas de plantas para
obter proteínas e microbicidas inibidores do HIV e do
câncer em humanos.
Rech participou do grupo
de cientistas que desvendou
a técnica de isolamento do
DNA em tecidos humanos.
Foi a partir desse trabalho
que os testes de paternidade
puderam virar rotina.
O pesquisador lembra, no
entanto, que, antes de chegar a fazer pesquisas de ponta, o profissional tem um longo caminho a percorrer, que
inclui mestrado e doutorado.
"O pensamento científico
permeia várias disciplinas e,
até a pessoa ultrapassar o limite entre as diversas áreas,
leva tempo", avisa.
DEMANDA
Telma Andrade, coordenadora de engenharia biotecnológica da Unesp, lista alguns setores em que o formado pode trabalhar: "Indústria alcooleira, de alimentos,
de agentes químicos e laboratórios de pesquisas são algumas das possibilidades".
Ela afirma que o estágio e a
iniciação científica são oportunidades para o estudante
desenvolver a especialidade
de sua preferência.
Eliane Vendruscolo, coordenadora de biotecnologia
da UFPR (federal do Paraná),
diz que a demanda pelo biotecnólogo é alta. "O curso está ainda em implantação,
mas já tenho recebido ligações de empresas solicitando
alunos para estágio", conta.
Luís Augusto Palma, 25,
está no último semestre na
Unesp. Fez três estágios para
buscar o que realmente queria. "Faz um ano que estagio
em indústria de alimentos.
Estava acostumado com a
universidade, que é bem diferente. Hoje, já não penso
mais na carreira acadêmica."
(GERMANO ASSAD)
FOLHA.com
Ouça entrevista com Elíbio
Rech, pesquisador da
Embrapa
folha.com.br/mm797970
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