|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Petróleo exige alta qualificação
Além dos altos salários, possibilidade de trabalhar no exterior é outro atrativo da profissão
ALADIM LOPES GONÇALVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As boas notas em matemática, química e física na época de escola serviram de estímulo para Helton Sávio de
Paula, 28, apostar na carreira
de engenheiro de petróleo.
Atualmente ele trabalha
como consultor de perfuração em uma empresa de monitoramento em tempo real
em plataformas e poços de
petróleo, no Rio de Janeiro.
Como mora na capital paulista, Helton concilia a ponte
aérea com plantões de 15 dias
e folga em igual período. "É o
mesmo regime de trabalho
de uma plataforma."
Apesar do ritmo intenso,
ele não reclama. "Viajo bastante. Fiz vários cursos nos
Estados Unidos e o próximo
será na China."
De acordo com o professor
do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo
da USP Wilson Siguemasa
Iramina, o profissional dessa
área pode atuar em todo o
processo de exploração, desde a prospeção do poço até a
extração do petróleo.
O professor ressalta que o
mercado de trabalho é formado essencialmente por
empresas de exploração,
além de prestadoras de serviços e fabricantes de equipamentos para o setor.
"É possível trabalhar em
grandes companhias no Brasil ou no exterior, mas o nível
de exigência das empresas
estrangeiras é altíssimo."
O coordenador do curso de
engenharia de petróleo e gás
da Estácio UniRadial, Pedro
Duarte Filho, conta que o visto para uma carreira internacional requer "inglês fluente
e, pelo menos, uma especialização ou MBA [curso para
formação de executivos]".
Para melhorar o currículo,
Helton aprimorou os conhecimentos de informática, estudou alemão e faz MBA em
gestão empresarial.
"Bons contatos também
ajudam. Saí da faculdade direto para um trainee na área
de perfuração."
O ciclo básico do curso engloba aulas de matemática,
física, química e informática.
A parte específica inclui perfuração, extração e produção
de petróleo "offshore" (no
mar) e "onshore" (em terra),
além de conceitos de geologia, como análise de solo.
RECOMPENSA
No 4º ano da PUC-Rio,
Rhamany Santana Moreira,
22, alerta que o curso envolve
muito cálculo e não é nada
fácil, "mas a recompensa são
os altos salários".
Ele é autor do blog QG do
Petróleo (www.qgdopetroleo.blogspot.com), que lhe
rendeu contatos com gente
do Brasil e do exterior.
Segundo relatório do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia), o piso inicial da
categoria chega a R$ 4.335.
Mas o coordenador do curso da Unisanta (em Santos, a
72 km de SP), Robson José
Dourado, acredita que as
perspectivas podem ser ainda melhores.
"Já vi engenheiro com inglês fluente entrar nessa área
com salário de R$ 7.000."
FOLHA.com
Ouça entrevista com o
engenheiro de petróleo
Helton Sávio de Paula
folha.com.br/mm798377
Texto Anterior: Sustentabilidade é o foco principal da agroecologia Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros
|