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Esquerda teve
crescimento na
segunda gestão
DA REDAÇÃO
A vitória de Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) é o resultado do forte avanço da esquerda no final da era FHC.
Desde o fim do bipartidarismo, em 1979, os partidos
de esquerda vinham ampliando pouco a pouco sua
presença no Congresso e nos
governos e legislativos estaduais e municipais. A desvalorização do real e a crise
subsequente, porém, aceleraram muito essa tendência.
De 1982 a 1998, as legendas
com perfil socialista aumentaram suas bancadas na Câmara de 6,5% para 22,3%; de
1998 para 2002, essa proporção saltou para 31,4%. Pela
primeira vez no período, a
esquerda superou a soma
das bancadas do PMDB e
PSDB (28,3%), partidos de
centro, e a direita representada pelo PFL e PPB (25,9%).
Esse crescimento, porém,
não foi uniforme. Até a eleição de 1990, a maior legenda
da esquerda era o PDT, que
elegeu três governadores e
9,1% dos deputados federais,
contra nenhum governador
e 7,0% da Câmara pelo PT.
Apesar disso, em 1989 Lula
já tinha superado Brizola na
eleição presidencial, mas por
pequena margem (17,2% a
16,5% dos votos válidos).
Em 1994, porém, o PT
abriu larga vantagem sobre
o PDT. Lula voltou a ficar em
segundo na eleição presidencial (27,0% dos válidos),
enquanto Brizola despencava para o quinto lugar (3,2%
dos válidos), menos que
Enéas Carneiro (7,4%) e
Orestes Quércia (4,4%).
Naquele ano, os petistas
elegeram 9,6% dos deputados federais, enquanto os
pedetistas caíram para 6,6%.
Essa distância se ampliou
em 1998 (11,3% a 4,9%) e
neste ano (17,7% a 4,1%).
A novidade da eleição deste ano é que o PSB de Miguel
Arraes e Anthony Garotinho
assumiu a posição de segundo maior partido da esquerda: elegeu 22 deputados federais, contra 21 do PDT, e
quatro governadores, contra
apenas um pedetista.
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