São Paulo, domingo, 20 de setembro de 2009

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ENGENHARIA

PAC E PRÉ-SAL CRIAM EMPREGOS

Perspectiva é que sejam geradas 30 mil vagas por ano até 2019, segundo conselho federal

ANNA CAROLINA CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem optar por ser engenheiro vai encontrar um mercado otimista quanto a vagas e salários. Segundo o Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), a perspectiva é a de que sejam geradas pelo menos 30 mil vagas por ano até 2019, principalmente nas áreas de petróleo e construção civil.
Alguns fatores têm aquecido o mercado: o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a descoberta do pré-sal, os programas de habitação popular e a Copa de 2014.
Para conseguir um bom emprego, é bom não desperdiçar chances de estágio, mesmo na própria faculdade. Foi o que fez Guilherme Rueda, 24. Formado em engenharia naval pela Escola Politécnica da USP, durante a faculdade, ele participou de projetos desenvolvidos pela universidade em parceria com a Petrobras.
Pouco tempo depois de formado, fez o concurso da empresa e passou. "Praticamente só caiu no concurso o que eu tinha praticado nos projetos."
O curso exige uma boa base de exatas. Em algumas faculdades, como a FEI, o aluno ingressa no curso básico, que dura um ano, e, depois, escolhe em que área quer se especializar. Já na Poli-USP, os alunos de engenharia de produção, computação e mecatrônica fazem sua opção já no vestibular. Os outros escolhem uma habilitação ao fim do primeiro ano.
A procura por engenheiros anda tão grande que praticamente todos os alunos têm a chance de entrar no mercado antes da formatura.
"Não tem mais alunos que ficam sem estágio", diz José Alberto Cardoso, professor da Poli-USP e membro do sindicato dos engenheiros de São Paulo.
O gerente de projeto da Shell Cláudio Coutinho, 46, começou a sua carreira na empresa como estagiário, há cerca de 20 anos. Após se formar em engenharia mecânica na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), saiu da empresa para estudar no exterior, trabalhou em outros lugares e, depois, voltou para a Shell, onde está há 15 anos -os três últimos trabalhando com petróleo.
Já fez especialização e MBA, cursa mestrado em engenharia oceânica e ressalta que inglês e espanhol são fundamentais nessa área.


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