São Paulo, domingo, 20 de outubro de 2002

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ODONTOLOGIA

PARA DESTACAR-SE NO MERCADO CONCORRIDO, É PRECISO ATUALIZAR-SE SEMPRE

Especializações abrem caminhos além do consultório

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando entrou na faculdade, Maria Amélia Fontes da Costa, 32, acreditava que a carreira de odontologia só a permitiria clinicar em consultórios. Ela diz que ficou surpresa, ao longo do curso, pois pôde verificar que haviam muitos outros ramos da profissão, como a odontologia hospitalar. O Conselho Federal de Odontologia (www.cfo.org.br) relaciona 13 especializações possíveis.
Hoje, dez anos após ter se formado na Unicamp, Maria Amélia se especializou em ortodontia, campo relacionado ao desenvolvimento do aparelho mastigatório e à correção das estrutura dentária. Ela planeja e acompanha cirurgias e administra o uso de aparelhos ortopédicos.
Mas a decisão por uma das especializações não foi fácil. Ela diz que começou a trabalhar em um convênio médico após o fim da graduação e apenas quatro anos depois teve a idéia de seguir a área de ortodontia.
A especialização do odontologista começa após a graduação. Cabe ao formando o aprofundamento em determinada área -é aconselhável fazer cursos, freqüentar congressos e procurar uma literatura especializada.
Segundo Maria Amélia, os gastos para entrar no mercado de trabalho são altos. Para montar o seu consultório, por exemplo, ela afirma que teve de desembolsar o valor equivalente ao de um carro popular -cerca de R$ 15 mil-, além do gasto com o imóvel. "Uma cadeira de dentista, a mais simples do mercado, custa aproximadamente R$ 6.000."
A atualização também deve ser uma preocupação constante do profissional. "Gasto cerca de R$ 500 por mês em cursos", afirma Maria Amélia.
A experiência de trabalhar como auxiliar de Maria Amélia foi decisiva para sua irmã, Alexandra Fontes da Costa, 21, optar pelo curso. A estudante diz que há diversas formas de obter informações sobre profissão antes de entrar na faculdade -como visitar as instituições que oferecem o curso. "Conversar com o dentista que freqüenta é uma boa opção para se conhecer a atividade."
Para Alexandra, quem pretende ingressar no curso deve ficar atento para os gastos extras. Apesar de cursar uma universidade pública, a USP, ela gasta sobretudo com alimentação, pois faz uma das refeições na faculdade (o curso é integral), e com os materiais. "Alguns aparelhos custam R$ 1.500 e as listas de materiais chegam a somar R$ 1.200."



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