São Paulo, domingo, 20 de outubro de 2002

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JORNALISMO

TRABALHO JORNALÍSTICO EXIGE CRIATIVIDADE E CAPACIDADE DE OBSERVAÇÃO

Profissional vive rotina difícil e tem de ter boa formação

DA REPORTAGEM LOCAL

Estar antenado com o que acontece no mundo, ser curioso e ter habilidade para descrever os fatos de forma clara, objetiva e atrativa. Essas são algumas das características necessárias para quem pretende seguir a carreira jornalística.
O profissional dessa área pode atuar em jornais, revistas, TV, rádio ou internet, meios em que apura, redige e organiza informações de interesse público, delimitando o espaço de divulgação.
Segundo Marília Scalzo, diretora de educação editorial do Grupo Abril, o jornalista precisa ter ampla formação cultural e humanística e desenvolver habilidades de crítica e análise. "Isso importa mais que qualquer técnica, o que na Redação se aprende rápido."
A rotina da profissão é difícil e, em alguns casos, o jornalista tem de enfrentar pautas arriscadas, além de não ter um horário fixo de trabalho -disposição para trabalhar em feriados e fins de semana é fundamental.
Criatividade e capacidade de observação são características dos bons jornalistas. "O bom repórter participa de uma [entrevista] coletiva e consegue ouvir ou perceber o que ninguém ouviu nem percebeu", afirma o repórter Aureliano Biancarelli, especializado em saúde.
"Não há uma regra padrão", diz Ana Estela de Sousa Pinto, editora de treinamento da Folha. "Há tanto bons jornalistas que são meticulosos, detalhistas e mais introvertidos como os que são extrovertidos, determinados e impulsivos." Quando entrou no jornal, Ana Estela havia se formado em agronomia. Depois, cursou jornalismo, mas nunca buscou o diploma. A lei exige o diploma para exercer a profissão, mas essa exigência está suspensa por decisão judicial de caráter provisório.
O fotojornalismo é uma possibilidade de atuação para quem tem senso estético aliado à capacidade de captar informação por meio de imagens. "Não é bater foto, é escrever com luz", diz o repórter-fotográfico Jorge Araújo.
Ele conta que, mesmo depois de 30 anos de profissão, cada pauta ainda é uma mistura de determinação e preocupação. "Saio às ruas como "foca" [jornalista novato]. Vou para o corpo-a-corpo."
A internet, apesar da crise enfrentada no ano passado, também é um mercado de trabalho relevante para jornalistas. "O profissional tem de trabalhar na fronteira da invenção. Para fazer uma carreira na internet, é preciso gostar de inventar e de refinar invenções", afirma Márion Strecker, diretora de conteúdo do UOL.



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