São Paulo, domingo, 20 de outubro de 2002

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CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

GRADUADO PODE TRABALHAR NA INDÚSTRIA, EM SERVIÇOS E ATÉ NA AGRICULTURA

Alta demanda por programas melhora oferta de vagas

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de também trabalhar com hardware, o formado em ciência da computação desenvolve sobretudo programas (softwares) para serem rodados em máquinas, sejam computadores propriamente ditos, ou outros sistemas, como equipamentos de uma linha de produção.
Como os sistemas computacionais são utilizados em praticamente todos os ramos da economia -na indústria, nos serviços e até na agricultura-, o profissional da área tem atualmente grande mercado de trabalho.
Para desenvolver o software, o cientista da computação parte de um problema e desenvolve formas matemáticas de resolvê-lo, chamadas de algoritmos. Em seguida, escolhe uma linguagem de programação para que o algoritmo seja transformado em software. O cientista da computação pode, por exemplo, ter de fazer um programa de computador que diga qual caminho é o mais indicado a um caminhão que faz entregas de bebidas em vários pontos de um mapa, no menor tempo e com o menor custo.
Os programas que controlam os caixas eletrônicos de bancos, os pilotos automáticos de aviões ou que fazem o cálculo de imposto de renda são exemplos de software que podem ser desenvolvidos por esse profissional. Quanto maior o número de atividades feitas por sistemas computacionais, maior o mercado de trabalho.
A área de informática não é regulamentada por lei, e os formados em qualquer um dos cursos relacionados ao de ciência da computação, como o de análise de sistemas e o de engenharia da computação, e até mesmo pessoas sem formação superior podem atuar no mercado.
Em razão das rápidas mudanças no setor de tecnologia, o profissional tem de estar disposto a atualizar-se freqüentemente. "Determinados softwares ou linguagens de programação constantemente desaparecem. Se a pessoa não se atualiza, ela pode desaparecer profissionalmente junto deles", disse Carlos Eduardo Ferreira, professor da USP.
Por conta disso, geralmente os cursos não ensinam aos alunos somente lidar com programas mais recentes, que poderiam se tornar obsoletos antes mesmo de eles se formarem. O intuito principal é que sejam capazes de desenvolver os algoritmos que possam ser utilizados em qualquer linguagem de programação nova apenas com a consulta a um manual de instruções.


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