DA REPORTAGEM LOCAL

Gostar de ficar horas na frente do computador pode ajudar, mas não garante que o estudante mantenha o interesse pelo curso de ciências da computação. Sem gostar de matemática, que é a base de boa parte da graduação, o aluno certamente se arrependerá da escolha.
Isso porque o desenvolvimento dos algoritmos é feito com muito raciocínio lógico e com o uso de ferramentas matemáticas. "Uma coisa é saber usar o computador como ferramenta e outra bem diferente é fazê-lo funcionar por meio de programas que precisam ser desenvolvidos. Para isso, é fundamental que o candidato identifique seu interesse em entender como o computador funciona", disse Anamaria Gomide, coordenadora do curso da Unicamp.
A pesada carga teórica em disciplinas exatas requer do estudante muita dedicação, o que dificulta os estágios no início do curso. "É difícil encontrar alguém que nunca foi reprovado em alguma matéria. A pessoa tem de ter dedicação integral ou enfrentará problemas", disse Ricardo Augusto Fernandes, 24, que está no segundo ano do curso na USP.
Antes de entrar na faculdade, ele havia feito curso técnico em informática industrial e pretendia trabalhar no desenvolvimento de softwares para automação de produção. Agora, depois de conhecer outras áreas, está em dúvida de qual seguir.
Em algumas faculdades, para se formar, o estudante precisa apresentar um projeto de conclusão ou passar por um estágio supervisionado.


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