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Pares jovens abrem mão da vida sexual
O que está por trás dos acordos conjugais que excluem intimidade
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma parcela de 10% dos casados declarou que não faz sexo. A maioria está na faixa entre
45 e 60 anos, a mais vulnerável
aos problemas fisiológicos que
incidem sobre a vida sexual.
Até aqui, sem surpresas.
Mas uma parte significativa
dos casados sem sexo (35%) são
bem mais jovens: 19% têm entre 25 a 34 anos e 16%, têm de
35 a 44 anos.
Problemas relacionados à
menopausa e ao declínio da
função erétil no homem, além
da perda de interesse entre os
parceiros pelo desgaste de uma
relação antiga, estão comumente associados aos casamentos sem sexo, afirma a terapeuta de casais Tai Carvalho.
Também é comum no caso de
casais nos quais um dos parceiros tem uma sexualidade ambígua que não se dispõe a explorar ou assumir. Nada disso é
novidade. O novo, em sua prática, são os casais jovens que
abrem mão do sexo.
"Fico perplexa com a quantidade de casais que trocam o sexo pela relação com o consumo,
o trabalho, a boa forma, as conquistas materiais. Estão atrás
de viagens, da reforma da casa,
da escola para os filhos. Esse é o
erotismo deles", afirma. Os
acordos conjugais sem sexo
que a terapeuta observa não
são marcados por falta de comunicação ou proximidade.
"Geralmente são pessoas que
se dão muito bem", afirma.
Se ela observa o fenômeno na
classe média alta, a pesquisa
aponta outra realidade: os casados que abriram mão do sexo
são mais comuns nas famílias
de renda baixa e escolaridade
idem. A maioria desses pares
vive fora das capitais ou regiões
metropolitanas.
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