São Paulo, domingo, 21 de fevereiro de 2010

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Pares jovens abrem mão da vida sexual

O que está por trás dos acordos conjugais que excluem intimidade

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma parcela de 10% dos casados declarou que não faz sexo. A maioria está na faixa entre 45 e 60 anos, a mais vulnerável aos problemas fisiológicos que incidem sobre a vida sexual. Até aqui, sem surpresas.
Mas uma parte significativa dos casados sem sexo (35%) são bem mais jovens: 19% têm entre 25 a 34 anos e 16%, têm de 35 a 44 anos.
Problemas relacionados à menopausa e ao declínio da função erétil no homem, além da perda de interesse entre os parceiros pelo desgaste de uma relação antiga, estão comumente associados aos casamentos sem sexo, afirma a terapeuta de casais Tai Carvalho. Também é comum no caso de casais nos quais um dos parceiros tem uma sexualidade ambígua que não se dispõe a explorar ou assumir. Nada disso é novidade. O novo, em sua prática, são os casais jovens que abrem mão do sexo.
"Fico perplexa com a quantidade de casais que trocam o sexo pela relação com o consumo, o trabalho, a boa forma, as conquistas materiais. Estão atrás de viagens, da reforma da casa, da escola para os filhos. Esse é o erotismo deles", afirma. Os acordos conjugais sem sexo que a terapeuta observa não são marcados por falta de comunicação ou proximidade. "Geralmente são pessoas que se dão muito bem", afirma.
Se ela observa o fenômeno na classe média alta, a pesquisa aponta outra realidade: os casados que abriram mão do sexo são mais comuns nas famílias de renda baixa e escolaridade idem. A maioria desses pares vive fora das capitais ou regiões metropolitanas.


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