São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2007 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O QUE É VALORIZADO Tarefas e discussões durante o curso também ganham destaque Aluno elege o programa como o mais importante
LIA VASCONCELOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Quem pretende fazer um MBA costuma ser bastante pragmático. Como o objetivo comum é obter ou aprimorar conhecimentos de gestão, o quesito mais valorizado no curso é seu conteúdo, seguido pelas tarefas e discussões, aponta a pesquisa Datafolha. De olho no mercado, os candidatos não abrem mão dos contatos profissionais e dos estudos de caso. "O mais importante é a metodologia segundo a qual os casos são apresentados e discutidos", opina Antonio Ferreira Couto Filho, 55, titular do escritório de advocacia A. Couto Associados, especializado em responsabilidades civil, médica e hospitalar. O advogado fez um MBA Executivo na área de saúde no instituto Coppead, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e conta que em sua turma sentou-se lado a lado com líderes do segmento de saúde. "Foi muito importante para mostrar a diversidade de idéias e soluções para resolver um problema", afirma. César Gonçalves Neto, coordenador do MBA Executivo do instituto Coppead, reforça a opinião de Couto Filho. "Essa pesquisa realmente aponta para o que há de mais importante em um curso de MBA: a qualidade do material didático. Mas tão fundamental quanto ele é como esse conteúdo é apresentado ao aluno", avalia Gonçalves Neto. A bibliografia, porém, não está entre as prioridades: fica em sétimo lugar na lista dos oito itens que mais são levados em consideração (em oitavo vêm atividades extracurriculares). Nesse cenário, o professor também tem papel fundamental. "A qualificação formal e a produção do docente são peças estratégicas desse jogo", lembra Otto Nogami, vice-coordenador dos programas corporativos do Ibmec São Paulo. Aprendendo com o colega Segundo Gonçalves Neto, o aluno de MBA aprende não só com o docente mas também com seu colega. Por isso, explica, os participantes dos grupos formados em sala de aula mudam de tempos em tempos. Para buscar a diversidade e a qualidade das discussões, o Coppead adota duas estratégias: não são aceitos na mesma turma mais do que quatro alunos da mesma empresa e somente são admitidas pessoas com no mínimo dez anos de experiência profissional. "Damos preferência para a análise de casos brasileiros e que façam a ligação entre a teoria e a prática, para que os alunos possam levar seu dia-a-dia para a sala de aula", explica Gonçalves Neto. Para Katia Korovin, 40, que fez MBA no Ibmec São Paulo, a rede de relacionamentos que se estabelece, o "networking", é um dos pontos altos do curso. "O contato com pessoas de outros segmentos é muito enriquecedor", diz Korovin, que é diretora da unidade de negócios da Bayer Schering Pharma. "Quando comecei o MBA, trabalhava como gerente de uma unidade de negócios da empresa. Troquei de emprego e assumi uma diretoria. Essa mudança não pode ser creditada somente ao MBA, claro, mas o curso certamente me deixou mais segura para assumir mais responsabilidades." Texto Anterior: Aplicação do que foi ensinado satisfaz à maioria dos alunos Próximo Texto: Vôo para aula em SP Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |