São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2007

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PERFIL DAS ESCOLAS

FGV-SP é considerada a melhor escola por 45% dos entrevistados que já fizeram um MBA

Aluno busca sintonia com mercado

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando se fala em MBA, o curso da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas) é considerado o melhor segundo 49% do total de entrevistados pelo Datafolha e por 45% dos que já fizeram a especialização.
Nas colocações seguintes vêm USP (7%), Ibmec São Paulo (5%), FIA (4%), ESPM (3%) e Fundação Dom Cabral (2%).
Um motivo para a preferência é a alta incidência de alunos e ex-alunos da FGV-SP no público pesquisado. Entre os que estão fazendo MBA, 55% estudam lá -8% na ESPM, 5% na FIA e 5% no Ibmec São Paulo. No estrato dos ex-alunos, 42% freqüentaram a FGV-SP, 11% o Ibmec São Paulo, 10% a ESPM, 8% a USP e 6% a FIA.
A imagem que fica, na opinião de Antonio Botelho, consultor sênior da Watson Wyatt, é a de que a escola é a que mais espelha o mercado. "Eles têm parcerias internacionais e MBAs no formato original."
A sensação de gerentes e diretores de empresas ouvidos pelo Datafolha é semelhante: para 15% dos que estão fazendo MBA, a FGV-SP passa a idéia de atualização com o mercado; 11% acham que a escola ajuda a crescer profissionalmente e a ascender na carreira.
Os que citaram a USP associaram-na a troca de experiências e qualidade (3% cada um). Já quem pensa na FIA (Fundação Instituto de Administração) fala em desenvolvimento pessoal e profissional, qualidade do curso e integridade (3% para cada um).
Para Paulo de Lemos, superintendente de educação executiva da FGV-SP, essa imagem é fruto do investimento do superávit da fundação nas escolas e da reciclagem permanente para professores.

Escolas conveniadas
Para Jorge Risco Becerra, coordenador administrativo do Pece (Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica), o foco da USP sempre foi graduação, mestrado e doutorado. "Estamos começando a focar no MBA, preocupados com o que falta no mercado."
"A FGV-SP tem tradição nessa área. Na USP há um grupo contrário aos cursos pagos", opina Marco Antonio de Vasconcellos, coordenador de cursos da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
A fundação é responsável pelos poucos MBAs que ainda têm ligação com a USP -no caso, os focados em economia.
Outro fator que conta pontos a favor da FGV-SP, na opinião de Vasconcellos, é o convênio com escolas de todo o país, cujos diplomas levam a chancela da instituição -é o caso do Business Institute, de Campinas (a 95 km de São Paulo).
Há mais de 80 instituições com cursos da FGV no país. Lemos esclarece que as conveniadas se responsabilizam pela administração e que a metodologia, o material didático e os professores são da fundação.
Claudia Ribeiro, gestora formada em odontologia, estuda gestão estratégica e economia de negócios na FGV-SP e está contente com o curso. "Para mim foi bom o fato de ele dar visão global do que é ser um executivo. Os três módulos que fiz até agora estão sendo muito proveitosos na prática."

MBAs da USP
Ao longo dos últimos anos, as fundações de apoio à USP foram desvinculando seus MBAs da universidade. Os cursos da FIA e da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), por exemplo, não têm mais vínculo com a instituição, embora alguns dos professores que atuam nos programas sejam também docentes da USP.
Programas focados em economia ficaram com a Fipe, que mantém a parceria com a universidade. Em Ribeirão Preto (314 km de SP), a Fundace (Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia) comanda esses MBAs.
A única unidade da USP a manter MBAs de forma independente é a Escola Politécnica, que tem 12 cursos de negócios e tecnologia. (RGV)


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