São Paulo, domingo, 22 de junho de 2008

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A NOVA FACE DAS PROFISSÕES TRADICIONAIS

Mercado valoriza conhecimento além da área de formação

Robótica, economia e energia são especialidades exigidas de médicos, advogados e engenheiros

BRUNA MARTINS FONTES
EDITORA-ASSISTENTE DE SUPLEMENTOS

Duzentos anos se passaram desde que a primeira faculdade foi inaugurada no país -a Escola de Cirurgia da Bahia.
A seguir, vieram cursos de direito, em 1827 -três anos após a primeira Carta Constituinte-, e os primeiros títulos de engenheiro, em 1858, fechando a tríade das profissões consideradas as mais tradicionais.
Naqueles tempos, a formação desses profissionais acompanhava os primeiros passos de uma nação: expansão urbana, criação de uma estrutura jurídica e práticas cirúrgicas.
Hoje, os desafios são mais complexos, multifacetados. Aumenta o nível de sofisticação de especialidades que se multiplicam, especialmente quando impulsionadas por avanços tecnológicos e econômicos.
Em vez de generalistas, o mercado pede advogados, engenheiros e médicos mais especializados até em searas que vão além das de sua formação.
Na sala de cirurgia, antes habitada por sanguessugas, o médico agora opera lado a lado com robôs. Fora dela, usa a internet para atender e trocar informações com colegas. "Precisamos de envolvimento da saúde com novas tecnologias", diz Claudio de Souza, representante da Universidade Federal de Minas Gerais na Comissão Nacional de Telessaúde.

Cheios de energia
Em direito e engenharia, o crescimento econômico acelera a demanda por conhecimento técnico de campos que estão em evidência. A preocupação com suprimento de energia pede tanto engenheiros na exploração de recursos e na construção de usinas como advogados que amparem a multiplicação de empresas no mercado.
"Em 2009 teremos 80 novas vagas para o vestibular e um curso em engenharia nuclear", exemplifica Ericksson Almendra, diretor da Escola Politécnica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Quem se forma em direito vislumbra outros bons nichos de atuação, como fusões e aquisições de companhias e bioética. "Não basta mais ter só visão jurídica. É preciso ser também um especialista", acredita Juliana Teixeira, sócia do escritório Demarest & Almeida.
Especialistas do mercado e acadêmicos ouvidos pela Folha revelam, nas próximas páginas, algumas das novas faces das carreiras de medicina, direito e engenharia. Confira, na internet, cursos para se especializar.


NA INTERNET
www.folha.com.br/081661
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