São Paulo, domingo, 23 de junho de 2002

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Ruim na cidade, pior na estrada

Se não solucionados, pequenos problemas provocam grandes aborrecimentos na viagem

FABRÍCIO SAMAHÁ
ESPECIAL PARA A FOLHA

Um pequeno problema notado no uso diário do veículo pode causar um grande aborrecimento se não for sanado antes da viagem. Isso porque a velocidade, as serras e os eventuais congestionamentos forçam mais o carro.
O antídoto contra dores de cabeça é a manutenção preventiva: revise a mecânica do carro e resolva os defeitos antes da viagem, pois será bem mais difícil (e caro) tentar saná-los na estrada.
Algumas verificações podem ser executadas pelo motorista, como a caça a eventuais vazamentos de óleo, água ou combustível.
Além disso, é possível checar os níveis de óleo (se for preciso completar, procure usar a mesma marca), do líquido do sistema de arrefecimento do motor (não dispense o aditivo) e da gasolina da partida (em carros a álcool).
Em oficina, inspecione as velas e as correias. Se o motor estiver falhando, mande revisar os sistemas de injeção (ou o carburador, em carros antigos) e de ignição.
De acordo com a quilometragem da futura viagem, pode-se antecipar as trocas do óleo do motor e do seu filtro, dos filtros de ar e de combustível, das velas e da correia dentada do comando de válvulas (se houver). O manual traz os intervalos recomendados.
Ainda na companhia de mecânicos, confira o estado das coifas da transmissão, o ajuste da embreagem e os níveis de óleo da transmissão e de fluido da direção hidráulica (se houver).

Suspensão
O estado dos amortecedores deve ser checado em máquina apropriada, o "shock tester". Um sinal da perda de ação é quando o carro oscila muito, demorando a cessar o movimento ao passar por irregularidades. Se precisar substituí-los, faça aos pares por eixo.
Examine o estado e o desgaste dos pneus e a sua calibragem. Embora a legislação exija 1,6 mm de sulcos como mínimo para os pneus, por segurança devem ser trocados antes, ao atingir 3 mm.
Descarte-os se encontrar bolhas ou cortes. No estepe, use pressão 30% acima da mais elevada do veículo, para compensar perdas de ar por armazenamento.
Balancear e alinhar as rodas evita vibrações e desgaste prematuro ou irregular. Se houver diferença acentuada de desgaste entre os pneus dianteiros e traseiros, efetue o rodízio, invertendo-os.
Quanto ao sistema de frenagem, o mecânico deve checar a espessura das pastilhas e das lonas. Se o nível de fluido estiver baixo, não adicione: prefira trocá-lo, o que deve ser feito a cada dois anos.
Examine todas as lâmpadas, o alinhamento dos faróis, o estado das palhetas do limpador de pára-brisa e o nível de água do lavador.
Levar correias, velas, fusíveis e lâmpadas pode ser útil, pois um mecânico de estrada não terá grande variedade deles.
Distribua a bagagem de forma a concentrar o peso mais à frente e o mais baixo possível, para menor prejuízo à estabilidade do automóvel. Se for necessário utilizar bagageiro de teto, coloque nele os objetos mais baixos e leves, não ultrapassando 50 cm de altura acima da capota.


Fabrício Samahá é editor do site Best Cars



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