São Paulo, sábado, 24 de janeiro de 2004

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Pinheiros terá peixes, Tietê estará morto

DA REPORTAGEM LOCAL

Com as obras de saneamento previstas para os próximos anos, que deverão universalizar (dentro dos limites possíveis) a coleta e o tratamento de esgoto na cidade de São Paulo, seus dois principais rios, Tietê e Pinheiros, castigados por anos de poluição industrial, efluentes domésticos e sujeira urbana, deverão ter alguma melhoria na qualidade das águas, mas ainda será sonho voltar a nadar ou praticar esportes neles.
A conclusão, no fim de 2005, da segunda fase da despoluição do Tietê deverá ter maior influência positiva no Pinheiros. A expectativa é que o rio volte a ter oxigênio dissolvido suficiente para acabar com o mau cheiro e permitir a vida aquática.
Uma terceira fase da limpeza, que terminaria em 2010, mas não tem ainda nem previsão de custo e muito menos de quem arcará com ele, deixaria o Pinheiros numa condição bem melhor e o Tietê praticamente limpo entre Osasco e a barragem de Pirapora.
O trecho do rio que corta a cidade de São Paulo, porém, nem sequer tem esperança de ser despoluído nos planos oficiais da Secretaria de Estado da Energia, Recursos Hídricos e Saneamento.
O secretário Mauro Arce explica que isso se deve à poluição do rio Tamanduateí, que forma o Tietê. Ele passa pelo ABC e recebe lá praticamente todo o esgoto produzido pelas sete cidades da região in natura. (MV)


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