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Pinheiros terá peixes, Tietê estará morto
DA REPORTAGEM LOCAL
Com as obras de saneamento previstas para os próximos anos, que deverão
universalizar (dentro dos limites possíveis) a coleta e o
tratamento de esgoto na cidade de São Paulo, seus dois
principais rios, Tietê e Pinheiros, castigados por anos
de poluição industrial,
efluentes domésticos e sujeira urbana, deverão ter alguma melhoria na qualidade
das águas, mas ainda será
sonho voltar a nadar ou praticar esportes neles.
A conclusão, no fim de
2005, da segunda fase da
despoluição do Tietê deverá
ter maior influência positiva
no Pinheiros. A expectativa é
que o rio volte a ter oxigênio
dissolvido suficiente para
acabar com o mau cheiro e
permitir a vida aquática.
Uma terceira fase da limpeza, que terminaria em
2010, mas não tem ainda
nem previsão de custo e
muito menos de quem arcará com ele, deixaria o Pinheiros numa condição bem melhor e o Tietê praticamente
limpo entre Osasco e a barragem de Pirapora.
O trecho do rio que corta a
cidade de São Paulo, porém,
nem sequer tem esperança
de ser despoluído nos planos
oficiais da Secretaria de Estado da Energia, Recursos Hídricos e Saneamento.
O secretário Mauro Arce
explica que isso se deve à poluição do rio Tamanduateí,
que forma o Tietê. Ele passa
pelo ABC e recebe lá praticamente todo o esgoto produzido pelas sete cidades da região in natura.
(MV)
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