São Paulo, sábado, 24 de janeiro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mais idosos e mais violência exigirão um "novo" médico

DA REPORTAGEM LOCAL

Ou a cidade reduz as mortes evitáveis, ou nunca terá profissionais nem equipamentos suficientes para cuidar das doenças do envelhecimento. Em 20 anos, projeta-se um crescimento de 101,8% entre paulistanos com mais de 50. Homicídios, por sua vez, ocupam hoje o segundo ou terceiro posto entre as causas de mortes. Em 2002, foram 5.719 assassinatos, além de 1.247 vítimas fatais no trânsito. "O conceito de cidade saudável precisa ser adotado em São Paulo", diz Paulo Capucci, pesquisador do tema na Faculdade de Saúde Pública da USP.
Tanto o envelhecimento como a violência exigirão mudanças no ensino. "O médico de família e o generalista precisam ser preparados e voltar a ser valorizados", diz José Luiz Gomes do Amaral, presidente da APM (Associação Paulista de Medicina).
"Estamos ensinando nossos alunos de maneira errada, dando muita importância ao hospital. Precisamos de médicos lá fora, junto das famílias, prevenindo e curando com recursos mais simples", diz Arary da Cruz Tiriba, 78, professor titular aposentado de doenças infecciosas da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). A cidade vai precisar de mais médicos de família, agindo em casa, e de mais médicos socorristas, agindo nas ruas.


Texto Anterior: A cidade necessita de mais hospitais?
Próximo Texto: Onde haverá oferta de empregos no futuro?
Índice



Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright.