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Mais idosos e mais violência exigirão um "novo" médico
DA REPORTAGEM LOCAL
Ou a cidade reduz as mortes
evitáveis, ou nunca terá profissionais nem equipamentos suficientes para cuidar das doenças do envelhecimento. Em 20
anos, projeta-se um crescimento de 101,8% entre paulistanos
com mais de 50. Homicídios,
por sua vez, ocupam hoje o segundo ou terceiro posto entre
as causas de mortes. Em 2002,
foram 5.719 assassinatos, além
de 1.247 vítimas fatais no trânsito. "O conceito de cidade saudável precisa ser adotado em
São Paulo", diz Paulo Capucci,
pesquisador do tema na Faculdade de Saúde Pública da USP.
Tanto o envelhecimento como a violência exigirão mudanças no ensino. "O médico
de família e o generalista precisam ser preparados e voltar a
ser valorizados", diz José Luiz
Gomes do Amaral, presidente
da APM (Associação Paulista
de Medicina).
"Estamos ensinando nossos
alunos de maneira errada, dando muita importância ao hospital. Precisamos de médicos lá
fora, junto das famílias, prevenindo e curando com recursos
mais simples", diz Arary da
Cruz Tiriba, 78, professor titular aposentado de doenças infecciosas da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). A
cidade vai precisar de mais médicos de família, agindo em casa, e de mais médicos socorristas, agindo nas ruas.
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