São Paulo, domingo, 24 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ESTADUAIS

Em direito, Roraima, Minas Gerais e Sergipe têm os maiores salários

Área médica terá até 2.000 postos em São Paulo

CRISTIANE CAPUCHINHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para quem não quer cruzar a fronteira paulista, a saúde é o alvo mais promissor. O governo ainda não divulgou o número de vagas, mas a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde adianta que serão abertos de 1.500 a 2.000 postos. A publicação do edital que recrutará farmacêuticos, fisioterapeutas, enfermeiros e médicos está prevista para março.
Isso não sinaliza crescimento do setor, pois as vagas são para cargos já existentes. Além disso, o governo tem preferido fazer convênios com instituições privadas, explica o secretário de gestão pública do Estado de São Paulo, Sidney Beraldo. "A maior parte dos novos hospitais e os AMEs [Ambulatório Médico de Especialidades] são feitos em parceria com organizações sociais", diz.
A área, estratégica para o governo, também lida com alta evasão por aposentadoria ou demissão -bastante motivada por falta de plano de carreira e salários inferiores aos de hospitais e clínicas particulares.
Em um hospital público, o salário inicial, dependendo da especialidade e da região do Estado, é de R$ 40 por hora, segundo a Secretaria da Saúde. Em consultório particular, o valor médio cobrado é de R$ 145, segundo o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo).
Por outro lado, muitos profissionais em início de carreira aproveitam hospitais públicos para ganhar experiência, títulos curriculares e treinamento. Pesquisa feita pelo Datafolha para o Cremesp mostra que 76% dos jovens de até 29 anos trabalham em hospitais públicos. A taxa é de 39% entre médicos com ao menos 50 anos.
A possibilidade de evolução científica atrai, já que a rede pública tem parcerias freqüentes com instituições de ensino e pesquisa em medicina.

Os maiores salários
Já os que se dispõem a mudar de Estado têm boas oportunidades na área de direito. Roraima, Minas Gerais e Sergipe abrem postos com as maiores remunerações no país: R$ 22 mil (procurador de contas), R$ 19.955 (juiz substituto do trabalho) e R$ 15 mil (juiz substituto), respectivamente. "Geralmente é o salário que atrai o candidato para outra região", avalia Rodrigo Figueiredo, gerente do departamento de concursos do Instituto Cetro. "Há locais que aumentam o benefício para atrair candidatos especializados, quadro comum no Norte", diz.
Antes de se mudar, o "concurseiro" deve pesar custo de vida local, gastos com viagens e adaptação da família. Além disso, os concursos são aplicados, em geral, na cidade ou no Estado para qual é destinada a vaga.
Para evitar contratempos, Figueiredo recomenda aos "concurseiros" fazer uma análise cuidadosa do edital.


Com Andressa Rovani e Lia Vasconcelos , colaboração para a Folha

Texto Anterior: Expansão aumenta demanda
Próximo Texto: Maria José Alves, 55
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.